sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Ana Ivanovic: "Michelle Brito tem muito talento"


A tenista sérvia Ana Ivanovic, que acabou de disputar o torneio do Dubai, falou em entrevista ao ogolo.net sobre a portuguesa Michelle Larcher de Brito, com quem já jogou, e confessou ainda um desejo: “Gostaria de visitar Portugal no futuro”.

Entrevista completa em www.ogolo.net

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Os desportos de sonho dos americanos

Se há país que se sobressai a nível mundial, são os Estados Unidos da América (EUA). Pelo menos tem sido assim até agora.

Ao nível desportivo, o cenário não se altera muito, quando vemos, por exemplo, os EUA a ficarem quase sempre no topo das tabelas olímpicas de quatro em quatro anos. Ou pelo menos tem sido assim nas últimas décadas, se esquecermos Pequim.

Então hoje vou debruçar-me um pouco, não sobre o impacto daquele país no desporto, mas sim sobre as modalidades mais vistas e aplaudidas no próprio território norte-americano. Deixo desde já o esclarecimento que, apesar das críticas que se seguem, limito-me à visão do espectador; além disso, já assisti com gosto a vários desafios de cada uma das quatro modalidades, com excepção da primeira.

Comecemos precisamente pelo basebol, a Major League Baseball (MLB): muito tempo parado. E com uma musiquinha a meio do sétimo inning, ou período, se preferirem. Mas é assim que eles se divertem, pronto.

A National Football League (NFL), conhecida por cá como futebol americano. Três ou quatro horas no estádio para ver um jogo de sessenta minutos. Muita estratégia (ou tentativas de algo parecido). Muito estilo e vários festejos ridículos só por mandarem alguém ao chão. Treinadores a tapar a boca quando dão orientações, talvez com a ideia que escondem planos militares para a Guerra Fria. Violência a mais.

Segue-se a National Basketball Association (NBA). Duas horas e mais alguma coisa no pavilhão para ver 48 minutos de jogo. Ou seja, mais jogos com imenso tempo parado. Noto isso quando estou a assistir a um período no qual faltam cinco minutos para o fim e, depois de ver durante dez minutos um outro canal qualquer, volto à Sporttv e ainda faltam três minutos para o mesmo período terminar. Pouco tempo útil. Depois, há outro aspecto: considerem-me oficialmente maluco, mas continuo a achar que não há assim tanta qualidade naquela liga. Muitas perdas de bola, inúmeros lançamentos falhados… Já vi vários jogos europeus que se revelaram mais entusiasmantes. E não adianta usarem o argumento do “olha para os resultados finais: as equipas marcam quase sempre mais de cem pontos!”, porque respondo logo: “olha para a duração dos jogos: eles têm praticamente mais um período do que nós!”

Por fim, a «grande» National Hockey League (NHL), ou hóquei em gelo. Não hesito: muita violência. Acho muito curioso quando ouço um comentador português a dizer algo do género: “Há muita gente que pensa que o hóquei em gelo é um desporto violento, mas estão enganados!” – pois, devem estar. Eu também estou, já agora. Devo ver mal, porque assisto muitas vezes a jogadores a serem quase esmagados contra o muro, segundos depois de passarem o disco a um colega. Ou então quando assisto àqueles combates de boxe deveras ridículos em plena partida de hóquei, nos quais os árbitros se limitam a observar e que deixam em delírio aquele povo norte-americano tão parolo. Preciso mesmo de ir ao oftalmologista. Além disso, apesar da grande dinâmica e ritmo desta modalidade, há vários momentos confusos e atabalhoados, pode jogar-se com o patim e com a mão, depois aqueles passes estranhos para a equipa adversária, discos enviados propositadamente para trás da baliza contrária para poderem efectuar a troca de linhas…enfim, jogadas desagradáveis e tempo perdido para quem está a ver. Mas eles divertem-se. E se houver porrada, é o culminar da festa!

Após todas estas indicações, congratulo a Sporttv por oferecer mais uma vez a diversidade desportiva que tanto gosto, apesar de ainda se centrar muito no futebol. Além da NBA e da final da NFL, para esta época adicionaram a NHL. No início, iria ser apenas um jogo por cada sete dias, mas essa oferta alargou-se poucas semanas depois. Fiquei agradado com isso. Só falta a MLB…
Por: Nuno Miguel

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A Taça da Liga que ninguém ligava

Já se jogaram as meias-finais da Taça da Liga, a prova mais recente do futebol português. O Sporting ganhou ao FC Porto, depois o Benfica venceu o Vitória de Guimarães. Há assim derby na final.

Quem chega agora ao país e lê apenas este parágrafo, parece que está tudo bem. Mas não está. Nem esteve. Apesar do recurso do Belenenses ser mais antigo, o primeiro ponto que vou focar são as já famosas declarações de Soares Franco no sábado, penso.

Em conversa com a comunicação social, o presidente do Sporting Clube de Portugal contou que o presidente do Futebol Clube do Porto, Pinto da Costa, o tinha avisado que talvez não houvesse jogo entre os dois clubes hoje. Tal e qual um porta-voz ou assessor de imprensa dos “dragões”.

Desde logo, parece-me uma atitude infantil (entre muitas outras que existem no futebol em Portugal). Depois, sem fundamentos, porque não é por mais um ou menos um jogo que Porto ou Benfica jogam melhor ou pior na próxima jornada. A minha experiência confirma-o. O ridículo deste aviso aumenta quando se prevê que quase nenhum, ou mesmo nenhum dos habituais titulares alinhou no jogo. Qual é a diferença então, se equipa joga ou não? Os jogadores que mais interessam descansam na mesma...enfim.

Além disso, para quem se orgulha tantas vezes de nunca pensar nos restantes clubes, que o FCP apenas se interessa em si mesmo porque é superior a todos os outros…afinal está muito preocupado com o que o Benfica faz ou deixa de fazer. E outra prova disso foi a expulsão de Fucile em Belém, que demonstrou claramente que preferia jogar contra o Benfica do que no embate frente ao Sporting. Afinal talvez preocupe.

Como se estes “teatrinhos” estúpidos não bastassem, também o Benfica subiu ao palco. A direcção do clube da Luz pediu para adiar o jogo caso o Vitória fosse mesmo o adversário, alegando “não ter condições logísticas para realizar o jogo com tão pouco tempo de antecedência”. Pois, é capaz.

No final de toda esta história, afinal sempre houve um Sporting-Porto e um Benfica-Vitória Guimarães.

Ora, na minha opinião, não se fez justiça. É verdade que foram aos pormenores da regulamentação tentar arranjar uma maneira de ultrapassar a segunda fase de grupos, mas o facto é que o Belenenses tinha razão. E tem razão. O termo “goal-average” significa divisão, e não subtracção entre golos marcados e sofridos.

Pelo que ouvi, uma das justificações da Federação Portuguesa de Futebol em frente aos microfones foi algo do género: “é uma expressão usada por muita gente, pela maioria das pessoas”. Sim, é. Mas estamos a falar de regras e de princípios, não do senso comum ou do que o povo diz. Infelizmente, parece-me que, mais uma vez, protegeram os do costume.

E tanto foi dito sobre esta Taça da Liga, que não tinha qualquer importância no panorama futebolístico…afinal dá muito que falar. Superior a este episódio, só os árbitros, claro.