terça-feira, 15 de abril de 2008

CRÓNICA GAZETA DO FUTEBOL

VITÓRIA DE SETUBAL 0-3 F.C. PORTO




JOGO SEM HISTÓRIA DÁ A JESUALDO A SUA PRIMEIRA FINAL



PEDRO ROCHA


O Porto venceu o Vitória sem contestação num jogo com pouca história. A equipa de Jesualdo limitou-se a controlar um estranho Vitória. Apática e desconcentrada, a equipa sadina pode-se sentir feliz por não ter sido humilhada no seu próprio estádio. Tanto Carvalhal como Jesualdo voltaram, após o "amigável" de Sábado, aos seus esquemas habituais. Do lado azul e branco, Nuno manteve-se na baliza devido à lesão de Helton.

Erros, muitos erros. Assim principiou a partida. Porto e Vitória entraram nervosos na partida e a circulação de bola era feita com bastante dificuldade. Os dragões apostavam na criatividade do seu "comandante" para transpor a bola para a linha da frente. Já no Vitória as atenções iam para Pitbull, único homem capaz de desequilibrar. O problema é que ambos os jogadores foram bem travados (no primeiro tempo) e por isso as suas equipas ficaram órfãs de ideias e de oportunidades. O Porto dominava, tinha mais bola mas não conseguia criar ocasiões. O Vitória espreitava o contra-ataque mas, com Pitbull preso na defesa portista, sentia dificuldades. Só de bola parada as equipas conseguiram criar algumas oportunidades de golo. Foi aliás na sequência de um pontapé de canto que o Porto chegou ao primeiro golo. Canto de Meireles, Lisandro atrapalha, Jorginho marca na própria baliza. O golo do Porto afectou o Vitória. Até ao intervalo mais duas oportunidades para os campeões nacionais que não conseguiram concretizar.

Mais forte. No segundo tempo, o Porto entrou forte com o famoso pressing alto a surtir resultado. O Vitória falhou ainda mais passes e pareceu perdido em campo (a expulsão ao intervalo de Carvalhal deve ter ajudado), sem rumo e sem mostrar ânimo para dar a volta à partida. Sem surpresa, o Porto acabou por chegar ao segundo golo aos 51 minutos. Cruzamento de Tarik e Lucho a emendar para o golo facilitado por Eduardo (nem ele esteve inspirado). Tanta desinspiração sadina resultou, dez minutos volvidos, em novo golo portista. Perda de bola, perto da área, e Lucho a atirar colocado para o terceiro. A partir daí, o jogo deixou de ter história. O Porto limitou-se a gerir o jogo a seu bel-prazer, enquanto o Vitória nunca se mostrou capaz de marcar. Jogo desinspirado por parte das duas equipas. Sublimes na atitude, os campeões nacionais conquistam com justiça a presença na final da Taça de Portugal. Os sadinos apáticos e nervosos foram uma sombra do que costumam ser, o que não belisca o excelente trabalho que têm desenvolvido.

Pedro Proença
Ambientou-se ao jogo que estava a arbitrar e acabou por cometer alguns erros no capítulo técnico e disciplinar. Apesar disso, sem influência no resultado.




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