quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

TAÇA DA LIGA: ÁGUIA GANHA FÔLEGO NO BERÇO



O BENFICA GANHOU, ESTA NOITE, POR 2-0, AO VITÓRIA DE GUIMARÃES. OS ENCARNADOS RECUPERAM DE UMA SÉRIE NEGRA E ENTRAM A GANHAR NA TAÇA DA LIGA. OS MINHOTOS QUEBRAM UMA SÉRIE POSITIVA DE EXIBIÇÕES.



PEDRO ROCHA



O Benfica venceu, esta noite, o Vitória de Guimarães e deu um importante passo para a recuperação anímica. Quique colocou em campo uma equipa muito distinta da habitual e acabou por ganhar a batalha no «berço». Cajuda apostou numa equipa igual à apresentada em Vila do Conde mas foi surpreendido por uma equipa simples e eficaz.

O primeiro tempo começou praticamente com o golo encarnado. Na sequência de um pontapé de canto, Katsouranis abriu o marcador e colocou os forasteiros em vantagem. A vencer desde cedo, o Benfica recuou e permitiu o domínio da partida do Vitória que, no entanto, nunca criou ocasiões de perigo junto da baliza benfiquista, este jogo entregue a Moretto.

Na segunda parte, os minhotos carregaram ainda mais sobre o último reduto das águias mas nunca lograram a igualdade. Acabou mesmo por ser o Benfica a ampliar a vantagem por intermédio de Carlos Martins num remate acrobático após contra-ataque desenhado por Suazo e Ruben Amorim.



CARLSBERG CUP - 1.ª JORNADA/
GRUPO C
V. GUIMARÃES-BENFICA

Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães

Hora: 20:45

Árbitro: Olegário Benquerença (Leiria)

V. GUIMARÃES: Nilson; Andrezinho, Gregory, Moreno e Luciano; Luís Filipe, Wênio, João Alves e Fajardo; Desmarets e Roberto.
Suplentes: Nuno Santos, Carlitos, Marquinho, Nuno Assis, Momha, Leonn e Jean Coral.
Treinador: Manuel Cajuda.

S.L. BENFICA: Moretto; Maxi Pereira, Luisão, Miguel Vítor e David Luiz; Balboa, Katsouranis, Yebda e Di María; Aimar e Suazo.
Suplentes: Quim; Cardozo, Ruben Amorim, Makukula, Carlos Martins, Jorge Ribeiro e Sidnei.
Treinador: Quique Flores.


1 comentário:

Tommy_Gun disse...

Em relação ao último jogo com o Trofense, houve algumas mudanças positivas. Houve mais atitude e concentração dos jogadores, e isso muitas vezes é um grande passo para as coisas serem muito diferentes.

Mas esta vitória não pode esconder alguns aspectos negativos que continuam a rodear o futebol do Benfica. Chega a ser confrangedor ver que o Benfica raramente cria uma oportunidade de golo. Não é necessário um futebol de ataque deliberado, mas sim que crie situações atacantes de qualidade (como na escola italiana que muito admiro). Continua a ser um jogo extremamente previsivél, excessivamente dependente das acções de Suazo.

O jogo pelas alas pouco existiu, começando no erro de casting Balboa (que começou muito bem com um excelente cruzamento para Aimar, mas depois foi acumulando erros até Quique se fartar) e continuando com um eternamente desinspirado Di Maria, pese embora ter feito um jogo mais esforçado que outros anteriores.

Uma das notas positivas vai para Aimar. Quando alinha na sua posição
habitual de nº 10, aí sim mostra a qualidade do seu jogo. Entrega da bola quase sempre em perfeitas condições, inteligência na leitura do jogo, e ainda disponibilidade para defender. Não são precisos passes de letra nem calcanhares para se fazer um jogo de qualidade, e Aimar provou isso mesmo. Para continuar! Só que Aimar e Suazo não podem fazer tudo sozinhos, e a ineficiência nas alas e no meio campo mais recuado (muito melhor quando Katsouranis está no onze, mas com um Yebda ainda á espera de voltar á melhor forma) torna o Benfica uma equipa com pouco peso atacante. E com equipas que usem defesas numerosas o problema é ainda maior.

Mais uma vez, um lance de bola tornou mais fácil um jogo que podia ficar muito complicado, por intermédio do melhor benfiquista em campo: Katsouranis, com um jogo de enorme qualidade. Vai passar por si muito do futuro do Benfica no campeonato.

A solidez defensiva demonstrada permitiu controlar uma segunda parte com um Vitória muito mais atrevido, mantendo a baliza de Moretto (muita segurança nos cruzamentos, em contraponto a uma intervenção disparatada a remate de Nuno Assis) segura. Mas ainda assim, uma desatenção individual inacreditável de Maxi dá origem a um penalty que podia ter mudado o jogo, e que o árbitro não descortinou.

Tirando isso, um Benfica sempre muito personalizado, que acaba por chegar ao com mestria ao 2º golo, num contra ataque rápido e bem efectuado, com uma boa recuperação de bola de Suazo e um excelente cruzamento de Ruben Amorim (boa entrada em jogo) para um remate acrobático (com alguma felicidade) de Carlos Martins.

Um resultado que permite uma boa entrada na Taça da Liga (dadas as contingências, um troféu obrigatório de ganhar). Mas continua a não ser desculpa para um Benfica que não rende o suficiente para uma equipa que quer ser campeã.