sábado, 6 de setembro de 2008

EDITORIAL


SOMENTE ISTO

E

NADA MAIS DO QUE ISTO



Um parágrafo. Uma posição vincada. Uma síntese de (mais) uma semana atribulada junto da Liga Sagres.



Apenas um parágrafo é o suficiente para esclarecer e sintetizar uma semana em que, novamente, se falou demais, se questionou e se acusou sem fundamentos morais e em que a vergonha voltou aos estádios de futebol. Para marcar uma simples posição, a Gazeta do Futebol
gasta poucas linhas: insurgimo-nos contra qualquer tipo de punição a clubes e/ou Sociedades Anónimas Desportivas (SAD) sempre e quando um adepto decida, por sua livre e espontânea vontade, invadir um recinto desportivo e agredir um árbitro. O adepto em causa não pertence aos quadros administrativos do clube nem esta instituição tem o dom de adivinhar o que vai passando pela cabeça de pessoas como Carlos Santos. Não está aqui colocada a hipótese de o acto ter sido perpetrado por um elemento de uma qualquer claque (com protocolos de cooperação com direcções de clubes) pelo que a punição interposta, esta semana, pela Comissão Disciplinar da Liga de Clubes ao S.L. Benfica, só pode ser criticada pela nossa redacção. Olvida-se a responsabilidade acrescida da Polícia de Segurança Pública (PSP) como o garante da normalidade de encontros desportivos de alto risco, quando mega-dispositivos – por vezes, obsoletos – são anunciados com pompa e circunstância. Olvida-se a incompetência de uma Justiça que devolveu Carlos Santos à sociedade portuguesa sem qualquer tipo de medida de coacção, permitindo que este continue a acompanhar o seu Benfica aos muitos estádios que se estendem por esse país fora.


P.S.: Aí está. Pouco mais de duzentas palavras. Quem dera que a retórica de alguns agentes desportivos, despropositada em inúmeros momentos de tensão, fosse tão sucinta como a que tentámos imprimir no texto acima escrito.

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