A SEMANA VISTA POR...

ARSENAL: A NOSTÁLGICA MAGIA

Neste Arsenal de hoje tudo acontece. Quem vai ao Emirates Stadium sai normalmente maravilhado com as acções ofensivas da equipa londrina.

PEDRO ROCHA

Numa semana de paragem das competições internas entre clubes decidi falar sobre uma equipa que me tem deslumbrado a cada jogo que faz. Essa equipa é como já repararam pelo título o Arsenal. Longe das contratações empolgantes de Verão, que vendem camisolas, este Arsenal é um caso sério a merecer um estudo mais aprofundado.

Numa liga de milhões este clube inglês assenta numa base fundamental: um Líder com total liberdade (o que tanto queria Mourinho), Arsene Wenger, o verdadeiro “manager” ao velho estilo inglês. Ora contrata, ora dispensa consoante as necessidades e o orçamento da equipa. Há 11 anos no Arsenal o técnico francês não contrata estrelas antes as faz.

Neste Arsenal de hoje tudo acontece. Quem vai ao Emirates Stadium sai normalmente maravilhado com as acções ofensivas da equipa londrina. Este jogo tem como principais intérpretes Fabregas, Van Persie e Adebayor. Fabregas estratega refinado que corre quilómetros e que remata de fora de área como poucos. Van Persie um falso avançado ao estilo de Bergkamp mas com a diferença de ter um pé esquerdo capaz de desfeitear qualquer guarda-redes. Por fim, Adebayor um ponta de lança desengonçado mas rápido, normalmente letal na área que serve como referência atacante. Wenger moldou estes três jogadores ao seu gosto. Os jogadores com ele amadureceram e jogam, hoje, quase de olhos fechados. Como eles existem muitos outros como Diaby, Senderos e Flamini. Wenger parece ter o condão de transformar “pedra em ouro” mantendo assim o seu Arsenal na rota do sucesso.

É verdade que este Arsenal ainda nada ganhou mas penso não faltar muito para isso.

Bom, quer dizer, alguma coisa já ganhou ou será que alguém ainda se lembra que Henry saiu esta época?