sexta-feira, 26 de outubro de 2007

A SEMANA VISTA POR…

FAIR PLAY OU ANTI-JOGO?



O tema já não é novo, mas volta à baila numa altura em que a UEFA toma uma posição e os clubes se vão adaptando: quando um jogador se lesiona deve a outra equipa colocar a bola para fora?


PATRÍCIA MARTINS


O F.C Porto deixou recentemente vincada a sua posição, pela voz de Pinto da Costa e Raul Meireles, no que diz respeito à interrupção do jogo para os jogadores serem assistidos em campo. Tenho que concordar que está na hora de acabar com o hábito de colocar a bola para fora sempre que alguém decide atirar-se para o chão.

Verdade seja dita, muitos jogadores aproveitam-se do cliché “Fair Play” para cortar o ritmo de jogo à equipa adversária e ganhar algum tempo. Mergulham no chão ao mínimo toque e a equipa adversária, com medo das acusações, atiram o esférico para fora das quatro linhas. Qual não é o espanto, quando ainda mal a bola foi reposta em campo e já o jogador está como novo, pronto a correr.

Ora aí está uma das questões que faz com que o futebol português seja um mau espectáculo. Se cronometrarmos um jogo do desporto rei, tal como se faz em outras modalidades, não é difícil de concluir que a bola está muito mais tempo parada do que em jogo. É necessário que apenas se tomem essas medidas quando, de facto, forem situações graves e necessárias.

E a quem cabe tomar essas decisões? Aos árbitros, claro está! A UEFA é clara nesse ponto e, se assim não fosse, o homem do apito não era necessário. Todas as decisões poderiam ser tomadas pelos jogadores (cada um a puxar a brasa à sua sardinha, como é de esperar).

É preciso que haja uma posição firme dos jogadores, dos clubes e do público. Tudo em nome de um bom espectáculo e… do bom senso.

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