RIO AVE vs. BEIRA-MAR: IMPRENSIONANTE!
RITA OLIVEIRA
(em trabalho especial para a Gazeta do Futebol)
Eram 15 horas e 12 minutos quando nos sentámos na tribuna da Imprensa do Estádio dos Arcos, em Vila do Conde.
Rio Ave x Beira-Mar, a contar para a Liga Vitalis.
Rio Ave x Beira-Mar, a contar para a Liga Vitalis.
A Antena 1 já se encontrava no local. Uma jornalista de óculos de sol que, ao falar em directo pela primeira vez deixou ver umas sobrancelhas subir e descer conforme a entoação que dava à leitura que estava a fazer. Não a voltei a ver ler durante o resto do jogo.
Pouco depois chegaram dois senhores que nos pediram para cedermos os lugares da ponta pois as pernas já não os deixavam saltar bancos. Concedemos os lugares, está claro! Pouco depois um outro jornalista de computador portátil sentou-se ao lado dos primeiros e já de computador ligado começou a ler a folha que continha a constituição das equipas. Depois chegou o Diário de Aveiro e a Rádio Aveiro FM.
Na outra ponta encontravam-se os restantes jornalistas, aqueles que não conseguimos acompanhar durante o jogo.
Começou o jogo.
O JOGO DO LADO DE CÁ.
Os olhos semi-serrados com força e a cabeça sempre a acompanhar o lado para que ia a bola era o que se mais destacava no jornalista que estava ao nosso lado, o do computador portátil. Sorria de vez em quando e abanava com a cabeça consoante concordava ou discordava das decisões do árbitro ou quando alguma manobra se destacava no campo.
Cláudia Martins, a jornalista da Antena 1, lá escrevia de vez em quando. Não teve direito a muito tempo de antena e acabava por só dizer o resultado quando entrava em directo. No entanto, não sabia o nome do marcador do primeiro golo e, por isso, entrou no ar alguns segundos depois. Expressões faciais completamente diferentes quando lia e quando falava de cor.
Falando nos senhores de uma rádio regional de Vila do Conde: sinceramente, meus senhores… Que imparcialidade é essa? O golo da equipa visitante era “ilegal” e o da visitada era “irrepreensível”? E que atitude foi essa de festejar de modo tão grande o golo do visitado e colocar os comentadores a falar de uma qualquer jogada de há já vários minutos quando o visitante marcou? Não gostei. E não considero esta uma atitude, também ela parcial, mas acho que, mesmo sendo uma rádio regional, poderiam não transparecer o vosso afinco pelo clube da casa.
Os jornalistas de Aveiro não festejaram e isso consegui ver, porque eles estavam mesmo atrás de mim. Embora tenham “semi-saltado” quando o Beira-Mar quase marcava, não se deixaram levar por festejos nem desgostos quando houve golos tanto de um como de outro lado.
NOTAS: é mesmo esta a palavra-chave. As anotações foram uma constante durante o jogo. Aproximando-se o final do jogo aumentaram. Todos apontavam, nos seus computadores ou blocos, uns últimos pareceres.
Não se festeja, não se fala muito. Trocam-se umas opiniões quando alguma falta é mais polémica, franze-se o sobrolho, sorri-se. Não se salta quando há golo nem se levam as mãos à cabeça quando não os há. Ali não há clubes nem paixões.
E isso fascina-me!
Os jornalistas de Aveiro não festejaram e isso consegui ver, porque eles estavam mesmo atrás de mim. Embora tenham “semi-saltado” quando o Beira-Mar quase marcava, não se deixaram levar por festejos nem desgostos quando houve golos tanto de um como de outro lado.
NOTAS: é mesmo esta a palavra-chave. As anotações foram uma constante durante o jogo. Aproximando-se o final do jogo aumentaram. Todos apontavam, nos seus computadores ou blocos, uns últimos pareceres.
Não se festeja, não se fala muito. Trocam-se umas opiniões quando alguma falta é mais polémica, franze-se o sobrolho, sorri-se. Não se salta quando há golo nem se levam as mãos à cabeça quando não os há. Ali não há clubes nem paixões.
E isso fascina-me!
Sem comentários:
Enviar um comentário