sábado, 5 de abril de 2008

EDITORIAL


A IMPORTÂNCIA DE UM HOMEM




Passaram duas épocas. O «maestro», com 36 anos, é o dínamo de toda uma equipa de onze elementos, o líder incontestado de um plantel em crise e futuro (já poucos duvidarão) director-desportivo, responsável pela organização do futebol. Mas será que o Benfica está pronto para perder um atleta actualmente indispensável para assumir um cargo administrativo?




Em Julho de 2006, a apresentação de um homem, numa noite quente de Verão no Estádio da Luz, marcou um período de mudança em toda a estrutura S.L. Benfica. O regresso do filho pródigo à casa que o viu nascer para o futebol encheu o ego de fanáticos alegres e esperançosos por uma nova etapa num clube em que não se sabia qual o rumo a tomar em matéria desportiva. Rui Costa abandonou Milão e aceitou, de peito aberto, todas as exigências da massa adepta e todas as críticas que o vaticinavam como «acabado» para o futebol.


Passaram duas épocas. O «maestro», com 36 anos, é o dínamo de toda uma equipa de onze elementos, o líder incontestado de um plantel em crise e futuro (já poucos duvidarão) director-desportivo, responsável pela organização do futebol. Mas será que o Benfica está pronto para perder um atleta actualmente indispensável para assumir um cargo administrativo?



Rui Costa é o expoente máximo de toda a equipa, o jogador que dá a cara por ela e o único que, mesmo em idade de veterania, consegue levar o clube que tanto ama a vitórias sofridas, mas que não deixam de representar 3 pontos para a campanha benfiquista no presente campeonato.


Mas, no entanto, com todo esse peso, Rui Costa é também o melhor Director-Desportivo de que a Luz poderia usufruir nos dias de hoje. Sejamos claros quanto a isto: “manda” no balneário, controla os ímpetos mais reaccionários de colegas de equipa e até já dá o aval para contratações de jogadores (vide o caso de Sepsi) e, eventualmente, do futuro treinador do S.L. Benfica. É este o papel de um responsável pelo futebol profissional.



Luís Filipe Vieira terá que pesar os pratos na balança. Percebendo – ou não – alguma de coisa de futebol, é ao líder «encarnado» que cabe decidir. Até lá, o «maestro» continuará a dar espectáculo nos relvados da Liga Portuguesa. Resta saber se, a partir de meados de Maio, pendurará as botas e envergará o fato de executivo.




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