sábado, 1 de novembro de 2008

CRÓNICA GAZETA DO FUTEBOL


RIO AVE 0 - 1 SPORTING
LIGA SAGRES - 7ª JORNADA
ESTÁDIO DOS ARCOS, VILA DO CONDE






VITÓRIA DE «LEÃO»
PARA «DRAGÃO» VER





JOSÉ PEDRO PINTO




Personalizada. A exibição do Sporting, esta noite, em Vila do Conde, marcou o regresso às vitórias da equipa de Paulo Bento, com classe q.b. para levar de vencida um adversário algo complicado perante o frio de Novembro. Depois de um jejum de três jornadas em que o «leão» somente amealhou um ponto, assentou toda esta partida na capacidade de sofrimento tanto apregoada pelo seu treinador. Ao Rio Ave faltou estofo e calma, sobretudo na 2ª Parte em que, jogando contra dez depois da expulsão de Derlei, jamais soube tornear a boa organização evidenciada pelos lisboetas. E o «dragão» já foi ultrapassado…


DE NOVO, O DOMÍNIO. Bento mudou, logo à partida, o figurino inicial para a partida de Vila do Conde. Pedro Silva estreou-se nesta Liga Sagres em detrimento de Abel, mas o técnico decidiu-se também por relegar Postiga para o banco, dando a oportunidade a Derlei de alinhar ao lado do “Levezinho”. Do lado contrário, nada de novo: as previsões concretizaram-se, com João Eusébio a não surpreender num «11» já habitual, disposto num 4x4x2 clássico. E terá mesmo sido esse o erro de maior gravidade do técnico do Rio Ave: com um Sporting com Rochemback na primeira linha de recuperação de bola à frente da defesa, devidamente apoiado pelas trocas posicionais constantes de Izmailov, Moutinho e Romagnoli, o meio–campo dos da casa sofreu para ter a posse do esférico, apostando mais numa estratégia de contra-ataque para incomodar as redes à guarda de Patrício. O Sporting, confiante, voltou a dominar uma 1ª Parte, com ataque organizado, oportunidades e calma suficiente para aproveitar os erros do adversário. Aos 40’, Bruno Mendes deu uma autêntica oferenda a Liedson, que, isolado, não perdoou e inaugurou o score. Estavam devidamente aproveitados os erros do Rio Ave. 1-0 ao intervalo.


TREMIDO… A ESPAÇOS. João Eusébio não mudou de ideias no reatamento do jogo. Manteve as mesmas onze peças em campo, que entraram mais determinadas e reactivas. Ainda assim, a vontade não suplantou a falta de cabeça dos atletas vila-condenses. Paulo Bento indicou à sua equipa o caminho da contenção e do contra-ataque rápido para tentar sentenciar a partida, e muitas oportunidades foram desperdiçadas pelo «leão». A espaços, o Rio Ave lá se aventurava no ataque. Sem efeitos práticos e com muito pouco perigo para a baliza de Patrício, ainda permitiu mais investidas a um Sporting que demonstrava tanto frescura física como psicológica. Bem mais do que a equipa da casa. Veloso, entrado para o lugar de Romagnoli, veio ajudar a equilibrar a balança quando o técnico do Rio Ave se decidiu a apostar na carta “avançados” e essa nuance, no regresso do «24» aos convocados, foi a jogada que determinou o desfecho da partida para o lado dos de Alvalade. Mas o que é certo é que os lisboetas tremeram, nos últimos 15’: num minuto, Derlei viu dois amarelos e foi expulso. O pressing final dos pupilos de João Eusébio conseguiu pôr em sentido a defesa leonina, mas a capacidade de sofrimento permitiu aos forasteiros sair do Estádio dos Arcos com os três pontos na algibeira. Um tónico salutar para o clássico da Taça de Portugal, no próximo domingo.


Jorge Sousa teve uma noite tranquila, o mesmo não se podendo dizer de José Ramalho, o seu assistente nº. 1: um golo mal invalidado ao Sporting, para além de outros foras-de-jogo mal ajuizados aos «leões» na 2ª Parte.




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