sábado, 1 de setembro de 2007

LEIXÕES 2 - 2 VIT. GUIMARÃES: REPORTAGEM



CONFRONTO VERBAL NÃO CHEGOU A SER FÍSICO…



ANDRÉ MATOS LEITE



19:30. Chego ao Estádio Prof. Doutor Vieira de Carvalho. O estádio municipal da Maia é onde vai decorrer o Leixões – Vit. Guimarães. Ainda não se vêem adeptos. No entanto, polícias e seguranças não faltam. A velha rivalidade entre os dois clubes que vão jogar é bem conhecida. Na pré-época, numa partida de preparação entre as duas equipas, houve confrontos após a Máfia Vermelha, claque do Leixões, ter arremessado cadeiras para o local onde se encontravam os adeptos do Guimarães. Neste jogo teme-se que o mesmo aconteça.

Passado meia hora, houve-se pela primeira vez a palavra “pancada”… Um adepto do Leixões fala com os amigos explicando a presença em força da polícia: “Estão cá todos com medo que haja pancada”. Só a uma hora e quinze minutos do início da partida é que se começa a denotar a presença dos adeptos… E os adeptos de Matosinhos estão em superioridade.

Dentro do estádio, às nove menos um quarto, não chegou, ainda, muita gente às bancadas. Vêem-se, principalmente, as claques de ambas as equipas. Só perto das 21 horas é que o recinto começa a encher. Nunca passou de metade da capacidade total do estádio.

Finalmente, quando pouco menos de meia-hora faltava para o jogo, os esperados confrontos começam… Não são, contudo, do tipo esperado… São confrontos de cânticos. Cânticos insultuosos de ambas as claques com o grupo leixonense a aproveitar a herança espanhola dos vimaranenses para gritar “E quem não salta é espanhol!!!”.

Quando chega à meia depois das nove, o Guimarães começa o jogo. Mal chega aos 7 minutos de jogo o primeiro golo… Os adeptos de Matosinhos saltam de alegria festejando o golo de Paulo Machado. Dos White Angels, sente-se o silêncio de quem não quer acreditar no golo vespertino. No entanto, catorze minutos depois, a mesma explosão de felicidade acontece do lado vimaranense com o golo de Fajardo a empatar o marcador. A diferença sente-se na reacção do clube que sofre o tento. A Máfia Vermelha continua a fazer-se sentir e três minutos depois, cantam o hino nacional, em mais uma provocação à claque do Guimarães.

Durante o final da primeira parte mais dois momentos de felicidade para os adeptos do Leixões. Primeiro o golo de Vieirinha, depois a expulsão do central Radanovic.

A partir de metade da segunda parte do encontro, os festejos invertem-se. Primeiro, os White Angels festejam a expulsão de Vieirinha, autor do segundo golo leixonense, ouvindo-se, em fundo, os assobios ao árbitro por parte da massa simpatizante do Leixões. Logo a seguir, mais assobios vindos do Mar quando o árbitro mostra amarelo a Sereno… Matosinhos exigia o vermelho directo. Passados alguns minutos, vem o único momento do jogo que até a Máfia Vermelha consegue calar; o segundo de Fajardo, mais uma vez a empatar o jogo, permite aos adeptos do Guimarães encher o absoluto vazio sonoro que os adeptos o Leixões deixam.

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