O MÊS EM REVISTA

PERDOA-ME

BERNARDINO BARROS

EDITOR DE DESPORTO DO PORTOCANAL

Estamos apenas na sexta jornada dos campeonatos profissionais de futebol e o regabofe com a arbitragem é total.

Apito quê? Dourado, encarnado ou de outra qualquer matiz, o que ressalta à vista é que o reino do apito em Portugal vai mal, obrigado, e recomenda-se.

Paulo Bento tem razão em perguntar para que servem os assistentes. Na Amadora, a indicação do árbitro assistente, José Lima, motivou uma grande penalidade que não existiu, mas o árbitro, Duarte Gomes, aceitou porque não viu. No derby lisboeta a indicação do árbitro assistente, Gabínio Evaristo, viu lance para grande penalidade, que o árbitro, Pedro Henriques não marcou, porque não viu. Será que alguém no seu perfeito juízo entende tais discrepâncias?

Duarte Gomes foi convidado pelos responsáveis do Beira Mar a pedir desculpas pelos erros cometidos (no entender dos aveirenses).

Olegário Benquerença foi responsável pela derrota do Braga, no entender das palavras de Jorge Costa, com um golo que entrou ou não, sendo que a responsabilidade de validar o lance pertenceu ao árbitro-assistente, e aqui o árbitro principal aceitou a decisão. Mal esteve, até porque vi o jogo, no capítulo disciplinar, poupando um vermelho directo a José Manuel.

Vai haver mais uma, ou várias, sessões de "perdoa-me”?

Pelo andar da carruagem, o melhor é fazer-se um programa televisivo à segunda-feira, onde os árbitros que erraram durante o fim-de-semana, possam em conjunto pedir perdão aos enganados e espoliados do pontapé na bola.

Vamos lá nós querer ser priores nesta pobre freguesia.

Por falar em priores, Vítor Pereira continua a querer agradar a gregos e troianos, mas está a criar grossas clivagens na arbitragem. Em vez de ser um presidente consensual, é um presidente fracturante e divisor de uma classe que está dividida entre os apoiantes da “azia", ou dos que não têm acidez estomacal.

Assim vai o reino da arbitragem, que Vítor Pereira quer profissional. Pela amostra…