PORTUGAL 1-3 ITÁLIA

HÁ MUITO A MELHORAR
JOSÉ PEDRO PINTO
Foi uma imagem pálida e desconchavada aquela que a Selecção nacional deu, esta noite, na Suíça. Erros constantes nos seus últimos 30 metros, um meio-campo nada produtivo e uma frente de ataque ineficaz explicam o resultado frente á congénere italiana e sussurram, ao ouvido de Scolari, que ainda muito há a fazer até ao pontapé de saída de Portugal no Euro 2008, agendado para 7 de Junho. Justiça foi o que não faltou no resultado final: a Itália fez o seu jogo (já começa a ser hábito e feitio transalpino…) e saiu com o ego em alta, após o 3-1 final.
EMPASTADO. Scolari e Donadoni só podem ter combinado o esquema táctico a dispor para as suas formações. O 4x3x3 da praxe acompanhou tanto Portugal como Itália, na 1ª Parte, o que veio encaixar o jogo em demasia, encravar as operações a meio-campo, para além de não permitir a nenhuma das equipas um domínio absoluto da partida. Portugal tinha mais bola, é certo, mas nunca conseguiu passar para lá do último reduto italiano. Fosse por força da exagerada dependência das faixas laterais (Quaresma+Ronaldo não resultou na noite de hoje), pelo mau alinhamento de Scolari de Maniche e Petit juntos no «miolo» (seguravam o esférico tempo demais) ou pela falta de mobilidade evidenciada por Makukula, sozinho no ataque ás redes de Amelia, a selecção das quinas teve fogachos de bom futebol, mas somente a espaços. Deco era o motor que conseguia pôr a trabalhar o trio de ataque, mas nem ele conseguia manter o ritmo por mais do que breves instantes. Já a Itália acabou por não surpreender. Jogou na expectativa, apostando forte no contra-ataque rápido para surpreender o adversário e conseguiu os seus intentos: a defesa portuguesa tremia que nem varas verdes quando Di Natale, um dos dianteiros, flectia da esquerda para o centro e quando Pirlo decidia subir um pouco mais no terreno. De resto, foram os pupilos de Donadoni a construir as verdadeiras chances de perigo, e isso mesmo se viu quando o relógio marcava 46’. Bosingwa deixou Grosso cruzar da esquerda, à vontade, e Toni, perante os erros grosseiros de Petit, Ricardo e Ricardo Carvalho, a encostar, com calma, para o fundo da rede.
3 ERROS = 3 GOLOS. Scolari tentou mudar o rumo dos acontecimentos, no reatamento da partida… mas não conseguiu. As entradas de Meira, Nani e Paulo Ferreira pouco ou nada vieram trazer de novo à Selecção assim como a colocação de Ronaldo na posição «10», e os erros começaram a acumular-se, tal e qual como o visto na qualificação para o Euro 2008. Bastava um pouco de velocidade aos italianos para que as crateras se começassem a evidenciar na defesa lusa. Ricardo ia salvando algumas bolas de golo mas logo aos 49’, Pirlo facturou o segundo tento para os «azurri». Mais uma falha (desta feita de Maniche) abriu a linha de fogo ao médio do A.C. Milan que não desperdiçou e colocou o score em 2-0. A partir daqui, um espectáculo de bolas perdidas e de rápidas respostas italianas preencheu toda a 2ª Parte. Sem arte nem engenho para segurar o meio do terreno nem capacidade de ataque à baliza adversária, os transalpinos podiam sair com calma da sua área, conduzir o esférico até à outra área, onde se encontrava Ricardo pronto a salvar o dia. Na única vez que o ataque português funcionou (77’), deu golo: Nani cruzou rasteiro para o interior da área apinhada e Quaresma, solto de marcação, fuzilou Amelia. Sol de pouca dura. 78’ e 3-1 para os italianos. Machadada final dada por Quagliarella, com nova desconcentração defensiva mesmo junto à pequena-área. Os restantes minutos? Somente para cumprir calendário de um jogo amigável.
Bom trabalho do árbitro suíço Sascha Kever. Soube conduzir bem o encontro, deixando jogar, mas, sempre bem posicionado, a nunca permitir que os jogadores passassem das marcas. Diga-se, de passagem, que ninguém complicou, para bem da partida.
EMPASTADO. Scolari e Donadoni só podem ter combinado o esquema táctico a dispor para as suas formações. O 4x3x3 da praxe acompanhou tanto Portugal como Itália, na 1ª Parte, o que veio encaixar o jogo em demasia, encravar as operações a meio-campo, para além de não permitir a nenhuma das equipas um domínio absoluto da partida. Portugal tinha mais bola, é certo, mas nunca conseguiu passar para lá do último reduto italiano. Fosse por força da exagerada dependência das faixas laterais (Quaresma+Ronaldo não resultou na noite de hoje), pelo mau alinhamento de Scolari de Maniche e Petit juntos no «miolo» (seguravam o esférico tempo demais) ou pela falta de mobilidade evidenciada por Makukula, sozinho no ataque ás redes de Amelia, a selecção das quinas teve fogachos de bom futebol, mas somente a espaços. Deco era o motor que conseguia pôr a trabalhar o trio de ataque, mas nem ele conseguia manter o ritmo por mais do que breves instantes. Já a Itália acabou por não surpreender. Jogou na expectativa, apostando forte no contra-ataque rápido para surpreender o adversário e conseguiu os seus intentos: a defesa portuguesa tremia que nem varas verdes quando Di Natale, um dos dianteiros, flectia da esquerda para o centro e quando Pirlo decidia subir um pouco mais no terreno. De resto, foram os pupilos de Donadoni a construir as verdadeiras chances de perigo, e isso mesmo se viu quando o relógio marcava 46’. Bosingwa deixou Grosso cruzar da esquerda, à vontade, e Toni, perante os erros grosseiros de Petit, Ricardo e Ricardo Carvalho, a encostar, com calma, para o fundo da rede.
3 ERROS = 3 GOLOS. Scolari tentou mudar o rumo dos acontecimentos, no reatamento da partida… mas não conseguiu. As entradas de Meira, Nani e Paulo Ferreira pouco ou nada vieram trazer de novo à Selecção assim como a colocação de Ronaldo na posição «10», e os erros começaram a acumular-se, tal e qual como o visto na qualificação para o Euro 2008. Bastava um pouco de velocidade aos italianos para que as crateras se começassem a evidenciar na defesa lusa. Ricardo ia salvando algumas bolas de golo mas logo aos 49’, Pirlo facturou o segundo tento para os «azurri». Mais uma falha (desta feita de Maniche) abriu a linha de fogo ao médio do A.C. Milan que não desperdiçou e colocou o score em 2-0. A partir daqui, um espectáculo de bolas perdidas e de rápidas respostas italianas preencheu toda a 2ª Parte. Sem arte nem engenho para segurar o meio do terreno nem capacidade de ataque à baliza adversária, os transalpinos podiam sair com calma da sua área, conduzir o esférico até à outra área, onde se encontrava Ricardo pronto a salvar o dia. Na única vez que o ataque português funcionou (77’), deu golo: Nani cruzou rasteiro para o interior da área apinhada e Quaresma, solto de marcação, fuzilou Amelia. Sol de pouca dura. 78’ e 3-1 para os italianos. Machadada final dada por Quagliarella, com nova desconcentração defensiva mesmo junto à pequena-área. Os restantes minutos? Somente para cumprir calendário de um jogo amigável.
Bom trabalho do árbitro suíço Sascha Kever. Soube conduzir bem o encontro, deixando jogar, mas, sempre bem posicionado, a nunca permitir que os jogadores passassem das marcas. Diga-se, de passagem, que ninguém complicou, para bem da partida.
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