sábado, 23 de fevereiro de 2008

EDITORIAL


JOKANOVIC: DAR O EXEMPLO




Jokanovic não soube dar o exemplo de serenidade e calma que o plantel que lidera (e qualquer plantel) necessita para obter bons resultados.




É comum dizer-se, no meio futebolístico, que o exemplo deve vir de cima. O treinador de um plantel, como seu líder máximo e decisor, deve ser o garante da ordem e do apaziguamento de ânimos mais exacerbados que os seus atletas possam ter. Infelizmente, nem todos partilham dessa qualidade, em Portugal.

Como compreender a atitude de um profissional como Jokanovic, no final do encontro entre Nacional da Madeira e Vit. Guimarães? Impossível. O treinador sérvio até poderia ter a maior das razões para chegar a «vias de facto» com Manuel Cajuda, mas o cargo que exerce, por si só, deveria nele ter feito luz e chamado à razão para controlar o ímpeto agressivo que dele se apoderou quando o árbitro da partida apitou pela última vez naquela tarde de domingo.

Jokanovic deixou de ser profissional naqueles breves segundos em que correu de um meio-campo para o outro, na tentativa de esclarecer alguns pontos de contraste com o seu colega de profissão. Mais: Jokanovic não soube dar o exemplo de serenidade e calma que o plantel que lidera (e qualquer plantel) necessita para obter bons resultados.

O Regulamento Disciplinar da Liga de Clubes prevê, para estes casos, uma pena que pode ir dos já largos 3 meses aos 3 anos de suspensão. Se houver bom senso e fair-play de todas as partes (Jokanovic+Cajuda+Clubes+ Comissão Disciplinar), um simples pedido de desculpas bastará para esquecer todo o triste episódio que ocorreu.

Os 45 dias de suspensão provisória já estão atribuídos. Espera-se que todos se entendam e que mais uma «Guerra Fria» não nasça neste futebol português já cheio de conflitos latentes.

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