sábado, 22 de março de 2008

CRÓNICA GAZETA DO FUTEBOL

VITÓRIA DE SETUBAL 0-0 SPORTING (3-2 G.P.)




PRIMEIRA TAÇA DA LIGA DECIDIDA POR EDUARDO




PEDRO ROCHA




O Setúbal venceu, esta noite, a primeira edição da Taça da Liga Portuguesa. A equipa sadina entrou, mais uma vez, na história do nosso futebol. No jogo épico desta noite, a equipa de Carvalhal lutou bastante e na hora de decidir, Eduardo disse presente. O jogo foi bastante calmo, por vezes entediante e sem qualquer ocasião clara de golo, tal e qual foi esta Taça da Liga. As duas equipas entregaram-se em campo, mas, sem grande inspiração, não conseguiram chegar ao golo. O Sporting apresentou-se bastante apreensivo nesta final. Não assumiu o jogo, nem tirou partido do favoritismo que tinha antes da partida. Sem personalidade, os jogadores leoninos arrastaram-se no terreno de jogo sem criar uma única situação de golo. Acabaram por perder no pesado fardo das grandes penalidades. O Vitória jogou tranquilo, sem grandes riscos mas sem cometer erros e acabou mesmo por ter a melhor ocasião de golo com uma bola ao poste. Nas grandes penalidades, Eduardo esteve fantástico.


RESPEITO. Assim começou o jogo. As duas equipas defrontavam-se pela quarta vez (P.Bento não conseguiu derrotar Carvalhal em nenhuma) esta época, e ambos os treinadores trataram de frisar isso. Os jogadores encaixaram tacticamente desde o início e por isso não existou nenhuma oportunidade de golo nos primeiros minutos. Tanto Paulo Bento como Carvalhal não surpreenderam utilizando os seus esquemas habituais. No Sporting, Vukcevic jogou ao lado de Liedson e Izmailov jogou no meio-campo relegando Pereirinha para o banco de suplentes. No Vitória, o habitual 4-3-3 com liberdade total para o trio da frente: Gama, Leandro e Pitbull. No primeiro tempo, o jogo foi bastante disputado e equilibrado. O Sporting teve mais posse de bola mas não conseguiu tirar partido dessa superioridade. O Setúbal mais objectivo chegava com maior facilidade à área leonina mas falhava sempre no último passe. Assim, sem surpresa, chegou-se ao intervalo empatado.


OCASIÕES? O segundo tempo foi uma autêntica cópia do primeiro, com duas diferenças de pormenor. Primeiro, o Vitória teve a melhor (e única?!) ocasião da partida aos 50 minutos. Depois de uma má reposição de Patrício, Veloso foi obrigado a cometer falta sobre Pitbull perto da área leonina. Na sequência da falta, o brasileiro atira à base do poste direito de Rui Patrício. A segunda diferença foi a tentativa do Sporting de se superiorizar ao Vitória. Com as entradas de Pereirinha e Adrien, a equipa subiu de rendimento e pressionou mais os homens do Vitória. Contudo não conseguiu criar uma situação clara de golo. Liedson terminou o jogo sem um único remate à baliza. O Vitória quebrou um pouco nos últimos quinze minutos mas defendeu bem, sempre atento não cometeu qualquer erro que colocasse em causa a sua baliza. Com o fim dos noventa minutos vieram as grandes penalidades. O Sporting não arrumou com o seu pesado estigma das grandes penalidades. O Vitória limitou-se a marcar tranquilamente os três primeiros e depois deixou tudo nas mãos de Eduardo, e este não desiludiu. O guardião tratou de mandar mais um recado a Scolari e defendeu três. Polga, Liedson e Izmailov, os três leoninos não conseguiram marcar e os sadinos acabaram vitoriosos. Vitória justa do querer e da força face à apatia leonina.


Pedro Proença
Sereno.Um jogo fácil para o árbitro lisboeta que não complicou. Bem no critério disciplinar somente duas dúvidas em noventa minutos, uma para cada lado. Aos 14min., Pitbull surge na área e parece ser empurrado por Abel. Perto do fim, Grimi escapa-se pela esquerda e não parece fazer qualquer falta sobre Janício, infracção que
Proença descortinou.Os auxiliares estiveram bastante bem.





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