sexta-feira, 7 de março de 2008

ESTA SEMANA, ESCREVO EU...


A SORTE OU ALGO MAIS




Até porque falar em falta de sorte (somente) é deixar de enaltecer a enorme garra e vontade de todos os jogadores do Porto durante toda a partida. Não conseguiram, mas a diferença não foi sorte, a diferença foi Neuer(...).



PEDRO ROCHA



Em Portugal, a palavra “sorte” é das mais utilizadas no nosso meio futebolístico. Expressões como “faltou sorte”, “eles tiveram sorte” ou “não tivemos a sorte do jogo” inundam cada vez mais as declarações pós-jogos. Contudo, sejamos honestos, num jogo de futebol a sorte define pouco, muito pouco.


Senão vejamos, a equipa do Porto queixou-se, na eliminatória da «Champions», que terá faltado sorte. Numa primeira análise, sou obrigado a concordar. Afinal, por “azar” a bola de Tarik (ou a diferença de ter um grande guarda-redes?) não entrou, também por azar Quaresma não decidiu o jogo antes dos pénaltis (ou terá sido por falta de frieza?) e, por fim, por azar só fomos capazes de marcar um penalti em três oportunidades (defendidas por Neuer). Numa segunda análise já não admito a sorte. Admito que o Schalke tem um enorme guarda-redes com largo futuro, ao contrário do F.C.Porto que tem Helton uns furos abaixo do que é capaz de fazer (vá-se lá saber porquê!). Por outro lado, o Schalke também se pode queixar de “azar” em não ter resolvido mais cedo o jogo. “Azar” porque podia ter marcado nos últimos minutos do tempo regulamentar, “azar” porque o árbitro não viu uma falta de Helton fora de área (para vermelho).


Por tudo isso, acho injusto falar de sorte. Até porque falar em falta de sorte (somente) é deixar de enaltecer a enorme garra e vontade de todos os jogadores do Porto durante toda a partida. Não conseguiram, mas a diferença não foi sorte, a diferença foi Neuer que até nos penáltis fez questão de realçar que este era o seu jogo.



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