quarta-feira, 16 de abril de 2008

TAÇA DE PORTUGAL: DÉRBI COM REVIRAVOLTA IMPENSÁVEL COLOCA SPORTING NA FINAL




OITO GOLOS NUMA MEIA-FINAL. SÃO ESTES OS NÚMEROS DE UM JOGO DIGNO DO JAMOR. COM O BENFICA A VENCER COM UMA CONFORTÁVEL VANTAGEM DE 2-0 AO INTERVALO, OS LEÕES CONSEGUEM MARCAR CINCO GOLOS NA SEGUNDA METADE E DEFRONTAR O F.C. PORTO NA FINAL DA TAÇA DE PORTUGAL.



PATRÍCIA MARTINS



Um jogo do outro mundo, deixou os adeptos electrizados até ao fim. O Benfica saiu derrotado depois de estar em vantagem, mas pode-se dizer que as duas equipas eram dignas de estar na final.

Os encarnados foram donos e senhores de toda a primeira parte. Com Dí Maria a fazer uma boa exibição, o Benfica fez o primeiro golo aos 19 minutos. Rui Costa concretiza um passe de Dí Maria, que o guarda-redes leonino não conseguiu segurar. O número 10 marca naquele que é certamente o seu último dérbi. O 2-0 chega ao minuto 31, com Rui Costa a passar para Léo, que cruza pela esquerda, e permite o cabeceamento de Nuno Gomes. Ainda na primeira parte houve lances polémicos, com Dí Maria a pedir penálti ao cair na área (9'), mas o árbitro não considera falta e mostra a cartolina amarela ao jogador do Benfica por simulação. Quase em cima do intervalo novamente Dí Maria: remata para a baliza, mas é assinalado fora-de-jogo e o golo anulado.

A segunda parte do jogo chega sem que nada fizesse prever o que se ia passar. O Benfica geria a vantagem e o Sporting não causava qualquer incomodo a Quim, que não tinha feito ainda qualquer defesa. Aos 61 minutos Paulo Bento arrisca tudo quando faz entrar Derlei (afastado dos relvados por lesão há mais de sete meses) para o lugar de Romagnoli. Fernando Chalana faz sair o amarelado Dí Maria cinco minutos depois para a entrada de Sepsi.

Mas o minuto 68 trouxe reviravolta a este dérbi. O Sporting marca através de Djaló, depois de um grande trabalho de Vukcevik. Foi o ponto fulcral para o despertar do leão, já que Liedson conseguiu igualar o resultado (76') com um cruzamento de João Moutinho. Derlei tem um regresso em grande ao marcar o terceiro (79') para os leões e colocar a equipa em vantagem na partida. O Benfica não baixou os braços e voltou a repor o empate com um golo de Rodríguez, que sem marcação, bate Rui Patrício.

Yannick Djaló não deixa esmorecer o fôlego leonino e bisa ao minuto 85: uma grande bomba a trinta metros de Quim e encaixa na perfeição nas redes de Alvalade. Já desesperavam os corações mais aguerridos quando, em cima do apito final, Vukcevik alarga a vantagem para 5-3. Na sequência de uma jogada em contra-ataque remata de dentro da área com o pé esquerdo e bate Quim com mais um bonito golo.

Segunda parte verdadeiramente de loucos, com as emoções à flor da pele e uma grande alma dos dois emblemas. Um acordar inesperado e exuberante do leão que os coloca, com justiça pela recuperação que fez, no Jamor para disputar a final da Taça de Portugal com o F. C. Porto a 18 de Maio.

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