sábado, 7 de junho de 2008

EDITORIAL

TEMOS A CERTEZA



Nós não acreditamos. Vamos mais longe: temos a certeza. A certeza de que este Europeu vai trazer de novo o sucesso ao nome deste país à beira-mar plantado. A certeza de que a comitiva portuguesa na Áustria e Suíça irá honrar a sua missão.




É um país dividido, este em que vivemos. Uma parte da nação portuguesa recoloca as bandeiras nas janelas, expõe os cahecóis verdes, vermelhos e amarelos na parte de trás dos automóveis, colorindo as ruas soturnas e provocando um contraste positivo perante o olhar dos que vão passando a pé. Outra parte não acredita e vaticina um descalabro da Selecção no Euro 2008 . Estão ambas no seu direito. O conceito de democracia ainda vigora na Constituição Portuguesa e o livre pensamento ainda é admitido.


Nós não acreditamos. Vamos mais longe: temos a certeza. A certeza de que este Europeu vai trazer de novo o sucesso ao nome deste país à beira-mar plantado. A certeza de que a comitiva portuguesa na Áustria e Suíça irá honrar a sua missão.


Bernardino Barros disse, esta semana, e em entrevista à Gazeta do Futebol, que o sucesso não se pode medir pelo facto de a Selecção chegar ou não à final. Concordamos. Alguém acredita que se Portugal tivesse perdido, nos quartos-de-final do Euro 2004, frente à Inglaterra, os portugueses teriam ficado descontentes? Taxativamente: não. Porque os 23 eleitos de Scolari já tinham alcançado um feito enorme.


Scolari disse, na última conferência de imprensa que deu, ontem, antes do jogo com a Turquia, que sabia bem o quão tristes iriam ficar os portugueses caso Portugal não passasse da etapa mínima da fase de grupos. Sabemos que isso não vai acontecer. «Felipão» já provou que sabe motivar um grupo de trabalho em torno de um objectivo comum e transcendente.


A mensagem que a Gazeta do Futebol gostaria de transmitir à Selecção passa pelo seguinte: divirtam-se. Assim deveria ser sempre o futebol, com festa, com sorrisos de orelha a orelha em conferências de imprensa (sem descurar a responsabilidade) e com uma grande massa humana reunida à volta de um sonho.


Temos a certeza. O sucesso aparecerá com naturalidade. Tal e qual como uma bola a rolar na relva.

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