sábado, 26 de julho de 2008

EDITORIAL


JOGOS OLÍMPICOS:
MAIS PROBLEMAS EM PEQUIM



A estória? A mesma de sempre. Aquela em que os clubes não querem ceder atletas às selecções nacionais e aquela em que as selecções nacionais não ressarcem os emblemas devidamente pela utilização de jogadores que a eles estão contratualmente vinculados.



Um (ainda) jornalista desportivo afirmou, nas páginas do seu jornal, que as polémicas no futebol eram positivas para os diários desportivos: permitiam-lhes vender mais. Uma visão pragmática mas que não deixa de corresponder a uma infeliz realidade. Depois dos problemas domésticos a que todo o Portugal pôde assistir, lá por fora o cenário não se afigura muito melhor. A escassos dias do início dos Jogos Olímpicos de Pequim, conflitos entre clubes e selecções continuam a pautar o dia-a-dia.

A estória? A mesma de sempre. Aquela em que os clubes não querem ceder atletas às selecções nacionais e aquela em que as selecções nacionais não ressarcem os emblemas devidamente pela utilização de jogadores que a eles estão contratualmente vinculados.

Na antecâmara de mais um compromisso olímpico em solo chinês, os últimos dias têm-se revestido de notícias que dão conta de proibições expressas dos clubes em que os seus assalariados enverguem a sua camisola nacional e, claro está, de algumas desobediências. Os casos das revoltas dos brasileiros Diego (Werder Bremen) e Rafinha (Schalke 04) vêm demonstrar o quão tépidas se encontram as ligações entre clubes e federações nacionais.

Convém pôr termo a todas estas picardias. Um entendimento é possível, desde que clubes e selecções cheguem a acordo, de uma vez por todas, acerca de todos os pontos que têm vindo a ser discutidos nos últimos anos. Sim, porque este é um conflito que - lamentamos informar os mais distraídos - já vem de longe e parece não ter fim à vista.

Qual o papel da FIFA e da Associação das Ligas Europeias de Futebol Profissional (EPFL) em todo este imbróglio? Estarão estes dois grandes pilares a trabalhar arduamente neste dossier? Ou será que as instâncias disciplinares desportivas como os Comités de Disciplina ou mesmo o próprio Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) podem já contar com os próximos anos cheios de processos para analisar e rever? Esperemos que não.

Até lá, o desejo de uns Jogos Olímpicos fantásticos.


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