segunda-feira, 22 de setembro de 2008

BENFICA CONQUISTA PRIMEIRA VITÓRIA NA LIGA SAGRES





ANDRÉ MATOS LEITE


Foi um jogo de “todos os golos” que se disputou na Mata Real entre o Paços de Ferreira e o Benfica. A formação das “águias” não teve a vida fácil para vencer a equipa da casa por 4-3. Quim esteve em risco de ser o vilão dos adeptos da Luz, mas acabou o encontro como (quase) herói.

Nos momentos iniciais da partida ambas as formações pareciam equilibradas, embora com ligeira vantagem para os “encarnados”. Esta mesma vantagem evidenciou-se aos 7 minutos quando, numa rápida jogada de contra-ataque, Reyes recebe de Carlos Martins e cruza para a área. Nuno Gomes consegue chegar à bola inaugurando o marcador. Estava feito o primeiro para o Benfica. A equipa da casa não queria perder, acelerou no ataque e, aos 14 minutos, recebeu a sua recompensa. Na sequência de um canto, Reyes falha o alívio e a bola sobra para Ozeia que, num remate que contou com a “ajuda” de Sidnei, igualou a partida. A turma de Quique Flores ressentiu-se do golo sofrido e, entre passes falhados e a incapacidade de pressionar no meio-campo, viu o Paços ganhar um grande ascendente. Só que a sorte da noite estava com as “águias” que conseguiram marcar, contra a corrente do jogo, aos 31 minutos. Nuno Gomes cabeceia a passe de Ruben Amorim e Maxi Pereira, na recarga, repõe o Benfica na frente do marcador. Os “encarnados” aproveitaram para recuperar a presença no campo acabando por dilatar a vantagem perto do intervalo por Cardozo. O paraguaio não perdoou na cobrança de um grande penalidade a castigar mão de Tiago Valente na grande área.

A formação pacense voltou do balneário pronta a fazer o necessário para virar a partida. O Benfica apresentava fragilidades defensivas que o Paços explorava vez após vez. Com o minuto 63 chegou um canto para a equipa da casa. Quim, na pequena área e com tudo para segurar a bola, soltou o esférico depois de o ter nas mãos. Rui Miguel não desperdiçou tal oportunidade. 3-2 e o jogo relançado. Dez minutos volvidos e novo erro do guardião “encarnado” que defende para a frente um remate rasteiro de Leandro Tatu. Com as “águias” sufocadas, Jorge Ribeiro aproveitou a estreia na corrente temporada para ganhar espaço no plantel de Quique. O lateral subiu bem e conseguiu um grande remate que não deu hipóteses ao guarda-redes Bruno Conceição. Com 4-2 no marcador parecia que o Benfica tinha a vitória assegurada. No entanto, a defesa continuava a conceder muitas facilidades. Aos 86 minutos, canto para o Paços, a defesa “encarnada” falha o alívio e William faz o 4-3. Chegados os minutos finais, a carga final dos pupilos de Paulo Sérgio prometia conseguir o empate, mas ninguém contava com a “arma secreta” Quim. O guardião das “águias” redimiu-se da má exibição com duas defesas que permitiram à sua equipa segurar os 3 pontos.

FICHA DE JOGO

Liga Sagres - 3ª Jornada
Estádio da Mata Real, Paços de Ferreira
Hora: 21:00
Árbitro: Bruno Paixão (Lisboa)

P. FERREIRA: Bruno Conceição, Ricardo, Tiago Valente, Ozéia e Chico Silva; Pedrinha, Filipe Anunciação e Paulo Sousa; Edson, William e Leandro Tatu.
Suplentes: Coelho, Cristiano, Josa, Kiko, Rui Miguel, Filipe Gonçalves e André Pinto.
Treinador: Paulo Sérgio

BENFICA: Quim, Maxi Pereira, Miguel Vítor, Sidnei e Jorge Ribeiro; Yebda, Carlos Martins, Ruben Amorim e Reyes; Nuno Gomes e Cardozo.
Suplentes: Moreira, Léo, Binya, Aimar, Balboa, Di María e Makukula.
Treinador: Quique Flores

1 comentário:

Tommy_Gun disse...

Foi um jogo em que a certa altura o Benfica já tinha mais ou menos controlado, mas Quim decidiu voltar a dar emoção com uma asneira nada admissível a um guarda-redes de uma equipa grande.

Muito sinceramente, entre Quim e o mal-amado Ricardo não há assim tanta diferença quanto isso. Aliás, acho que devia haver uma viragem na política de formação específica de guarda-redes em Portugal. É estranho como vemos praticamente todos sofrer exactamente dos mesmos problemas, nomeadamente nas saídas da baliza...

Voltando ao jogo, talvez o empate tivesse sido mesmo o mais justo, e funcionaria como uma punição á tendência do Benfica de complicar jogos que parecem seguros. A equipa precisa de tempo para adquirir automatismos, mas isso não pode interferir na capacidade de segurar um jogo.

Como destaque do jogo realço a excelente exibição do Ruben Amorim! Não jogando um futebol tão direccionado para o público como o Di Maria, conseguiu estar em 2 golos, criar mais 2 ocasiões com bons cruzamentos, e fechou bem o flanco direito recuperando muitas bolas. Para continuar...