sábado, 25 de outubro de 2008

EDITORIAL


A SAGA DE «BIG PHIL» CONTINUA



Toda a Inglaterra parou e pensou duas vezes quando Peter Kenyon, Director-Geral para o futebol do Chelsea, apresentou Luiz Felipe Scolari como o novo treinador dos «blues». Estão agora rendidos a um manager que lidera a Premier League, que despacha equipas, semana a semana, por números expressivos e que não se coíbe de continuar a debitar o mesmo discurso que tinha enquanto seleccionador nacional português. Sabem que mais? Resulta.




Quando, em pleno Euro 2008, se deu conta da saída de Luiz Felipe Scolari da Selecção nacional portuguesa rumo a Londres e a Stamford Bridge, a grande maioria dos portugueses que ainda se interessam pelo futebol pensaram, de imediato: “Felipão” não vai ter tanto sucesso numa realidade clubística como teve nas passagens pelas equipas nacionais do Brasil e de Portugal. Havia um sentimento generalizado de cepticismo, em que se duvidava do sucesso dos métodos de Scolari adaptados à competitividade do meio em Inglaterra. Fossem eles jornalistas (connosco incluídos), comentadores ou simples adeptos que folheiam os jornais desportivos diariamente.

Nada mais errado: Scolari entrou com o pé direito no seu novo projecto, mantendo a mesma filosofia de treino, com uma grande vertente social apoiada na coesão de alguns factores como o grupo e o estilo de jogo. Dá espectáculo com um orçamento milionário, tem tido resultados deveras apelativos e lá vai dando (muitos) pontapés na língua inglesa. «Big Phil» ou «Felipão», como lhe queiram chamar, continua a dar cartas.

Os portugueses não foram os únicos a duvidar da capacidade de um treinador tão peculiar. Toda a Inglaterra parou e pensou duas vezes quando Peter Kenyon, Director-Geral para o futebol do Chelsea, apresentou Luiz Felipe Scolari como o novo treinador dos «blues». Estão agora rendidos a um manager que lidera a Premier League, que despacha equipas, semana a semana, por números expressivos e que não se coíbe de continuar a debitar o mesmo discurso que tinha enquanto seleccionador nacional português. Sabem que mais? Resulta.

Que dizer também do contingente português no seu plantel? Intermediário (in)directo – disso já ninguém tem dúvidas – nas aquisições fuclrais de Bosingwa e Deco e na manutenção de Ricardo Carvalho, Scolari tem o seu futebol assente na rapidez do lateral-direito, na magia da visão de um jogador que não se encaixava na Catalunha e na inteligência táctica de um dos melhores defesas do mundo. A juntar a isto, o pulmão de Lampard, a liderança de Terry e a finalização explosiva de Anelka ajudam a perceber porque razão o bolo do técnico brasileiro não se desfaz.

«Felipão» afirmou, nos últimos dias, que esta semana seria a mais importante dos últimos tempos para a sua equipa. Confrontos com Roma, para a Liga dos Campeões, e com Liverpool, na disputa da liderança do campeonato inglês, apareciam num momento crucial para a turma londrina. A meio da semana, os italianos saíram derrotados de Stamford Bridge. Daqui a poucas horas, o senhor que se segue é “Rafa” Benítez. Aceitam-se apostas para o desfecho.



1 comentário:

Anónimo disse...

Pois é! E que saudades eu já tenho do "Big Phil" na nossa selecção!
Ficámos com "Little Carlos"!