E MATOSINHOS É LÍDER
A campanha da equipa de José Mota tem sido, no mínimo, notável. Com um dos orçamentos mais reduzidos do principal escalão do futebol português, o projecto de um plantel definido para lutar bravamente contra a despromoção mostra qualidade individual e coesão colectiva suficientes para assegurar esse objectivo já ao virar da 1ª Volta. E, qui ça, para aspirar a objectivos bem mais ambiciosos.
Por estes dias, Matosinhos tem vista para o Atlântico, qual terra de mar e horizonte. Mas tem também vista para o topo da tabela da Liga Portuguesa. Cidade de pescadores e de “bebés” do futebol, vive diariamente para estas duas áreas de intervenção, com uma intensidade que outros municípios não têm e jamais terão. O desporto-rei é, para os matosinhenses, uma forma de escape da dureza que uma semana trabalhosa reflecte em cada um. A cada domingo, o Estádio do Mar regista boas receitas de bilheteira por causa de adeptos dedicados. E, a cada domingo, o Leixões vai vencendo.
A campanha da equipa de José Mota tem sido, no mínimo, notável. Com um dos orçamentos mais reduzidos do principal escalão do futebol português, o projecto de um plantel definido para lutar bravamente contra a despromoção mostra qualidade individual e coesão colectiva suficientes para assegurar esse objectivo já ao virar da 1ª Volta. E, qui ça, para aspirar a objectivos bem mais ambiciosos.
Na época passada, os adeptos leixonenses aguentaram com a corda na garganta até ao último minuto do campeonato para verem assegurada a manutenção em ano de regresso ao convívio entre os melhores do nosso futebol. Faltou uma estrutura que, mesmo com os meios de que hoje dispõe, tivesse a sensibilidade para apostar em jogadores de qualidade e não tanto em atletas encomendados por empresários.
Este ano, tudo muda: um novo director-desportivo, pragmático ao máximo e conhecedor profundo do panorama desportivo nacional, sem medo de arriscar em apostas que poderiam não trazer o devido retorno. Quem eram Braga e Roberto Souza, antes de ingressarem no Leixões? Quem diria que Wesley manteria o mesmo nível exibicional mostrado em Paços de Ferreira? Alguém adivinharia uma resposta tão cabal da equipa na ausência do goleador Roberto?
A juntar à equação, a raça imprimida por José Mota no balneário e o futebol declaradamente ofensivo resultam na belíssima campanha assinada por um Leixões que é primeiro classificado, que soma 16 pontos ao fim de sete jornadas e que, para já, é a grande revelação do campeonato.
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