sábado, 6 de dezembro de 2008

EDITORIAL


QUE SE PASSA, LUCHO?



Não obstante todas as palavras positivas que se podem associar a “El Comandante”, o que é certo é que, esta temporada, Lucho não é o mesmo. Quase de certeza que se poderia apontar o constante assédio de grandes emblemas europeus no seu concurso como a principal causa do mais recente “apagão” do astro sul-americano.




Chegou ao Estádio do Dragão em 2005, com 24 anos de idade, rotulado de médio com enorme inteligência táctica, visão de jogo, capacidade de decisão e finalização acima da média. Chamava-se Lucho González, era quase um desconhecido dos adeptos do F.C. Porto e Co Adriaanse não hesitou sequer um minuto em elevá-lo a indispensável do «11» inicial.

O mesmo se passou com Jesualdo Ferreira: o actual treinador «azul-e-branco» sempre fez recair no argentino o ónus de toda uma equipa, durante os 90 minutos de uma partida de futebol e as épocas transactas mostraram sempre um Lucho em forma e que dizia “presente” nos momentos mais decisivos do seu clube.

Não obstante todas as palavras positivas que se podem associar a “El Comandante”, o que é certo é que, esta temporada, Lucho não é o mesmo. Quase de certeza que se poderia apontar o constante assédio de grandes emblemas europeus no seu concurso como a principal causa do mais recente “apagão” do astro sul-americano.

O interesse não é de agora, mas as repetidas investidas de nomes sonantes da Europa do futebol como Inter de Milão, Real Madrid, Atl. Madrid ou Valência começam a pesar na cabeça de um jogador que figurou, sem surpresas, na primeira lista de convocados de Diego Maradona para a selecção das «pampas». Deveria a Direcção do F.C. Porto tê-lo deixado sair no último defeso, quando os «colchoneros» avançaram para a compra do seu passe? Uma pergunta complicada…

Jesualdo tem boa vontade quando tenta chamar para si próprio todas as atenções da quebra de forma de Lucho. Faz bem. Demonstra um media training apurado para colocar o seu pupilo dentro de uma bolha, isolado das críticas mais duras. Mas admitamos que Jesualdo sabe tão bem como qualquer outro que o regresso ao bom momento depende somente do próprio Lucho.

Encarnando ou não papéis diferentes de época para época, o médio argentino sabe como se desprender do espartilho das obrigações tácticas de um jogo de futebol e como dar um toque de génio para o decidir. O «dragão» ressente-se quando Lucho quebra e não está a 100%. Isso já se viu. Resta a “El Comandante” a última palavra.




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