segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

LIGA SAGRES: BENFICA MARCA PASSO



GUILHERME BRAZ


O S.L. Benfica voltou a não vencer, desta vez para o campeonato. Mesmo sabendo de antemão que todos os candidatos perderam pontos nesta jornada, as "águias" não conseguiram aproveitar e empataram a zero contra o Nacional, na Luz. O jogo fica ainda marcado pelo golo anulado a Cardozo, já nos últimos instantes da partida.

O Benfica iniciou o jogo algo nervoso e, aos 7 minutos, Katsouranis falhou um passe que resultou em perigosa jogada por parte dos nacionalistas. Volvidos cinco minutos, o central Luis Alberto falhou de baliza aberta. Os madeirenses foram superiores na primeira parte, tendo disposto de mais algumas oportunidades de relativo perigo. Já os comandados de Quique Flores não conseguiram a efectividade de jogos como o do Marítimo e tiveram todos os primeiros 45' sem criar uma real oportunidade de golo. Os assobios no final da primeira parte foram a prova disso mesmo.

A segunda parte teve um ritmo mais intenso de parte-a-parte. Mas foi de novo o Nacional a entrar mais rápido e acutilante. Edson (46'), Ruben Micael (50') e Mateus (55') tiveram nos pés o golo. O Benfica só dispôs da sua primeira grande oportunidade de golo aos 61 minutos (!), com Ruben Amorim a rematar por cima. A partir deste lance o Benfica passou a dominar mais a partida, com o Nacional a espreitar o contra-ataque. Porém a situação dos madeirenses ficou mais difícil quando, aos 79', Alonso foi expulso após falta sobre Maxi Pereira. O uruguaio teve boa oportunidade para marcar aos 83' e, aos 88', foi Suazo a cabecear ligeiramente ao lado. O jogo não acabou sem um lance polémico. Dois minutos depois dos 90', confusão na pequena área nacionalista, Haliche atira contra as mãos de Miguel Vitor, e a bola sobra para Cardozo que atira para o fundo das redes, mas Pedro Henriques anulou. Minutos depois, o árbitro apitava pela última vez.

Finda a partida, o Benfica "imitou" os seus grandes rivais e empatou a zero. As melhores oportunidades foram dos visitantes, e o Benfica só "despertou" para o jogo depois da expulsão de Alonso. No entanto, os homens de Quique acabam o ano como líderes do campeonato.


Liga Sagres, 12.ª jornada
Estádio do Sport Lisboa e Benfica, Lisboa
Hora: 19:45
Árbitro: Pedro Henriques (Lisboa)

EQUIPAS OFICIAIS

BENFICA: Moreira; Maxi Pereira, Luisão, Sidnei e Jorge Ribeiro; Yebda, Katsouranis, Ruben Amorim e Di María; Cardozo e Suazo
Suplentes: Moretto, Miguel Vítor, David Luiz, Binya, Urreta, Aimar e Nuno Gomes
Treinador: Quique Flores

NACIONAL: Rafael Bracalli; Patacas, Felipe Lopes, Halliche e Alonso; Cléber, Edson Sitta, Ruben Micael e Luís Alberto; Mateus e Nené
Suplentes: Douglas, Igor Pita, João Aurélio, Nuno Pinto, Juninho, Bruno Amaro e Miguel Fidalgo
Treinador: Manuel Machado


1 comentário:

Tommy_Gun disse...

É um facto que o jogo fica marcado por um golo anulado a Cardozo de forma incompreensível, aí não há volta a dar. Não há a mínima possibilidade de ajuizar intenção de jogar a bola com a mão num lance onde o Miguel Vítor está deitado de costas para o jogador do Nacional que chuta a bola, após ter disputado um lance. Para marcar essa mão teria que ter visto primeiro o braço do jogador do Nacional no ínicio do lance. São 2 pontos que podem ser muito importantes nas contas finais, e perdidos por um erro evitável.

Mas é justo afirmar que esse facto não pode desculpar tudo, sem sombra de dúvida. Á semelhança do que se passou no jogo com o Setúbal, o Benfica voltou a dar 45m de avanço aos adversários, com uma fartura de bolas perdidas a meio campo, matéria na qual Yebda voltou a ser o principal destaque.

Quando se têm dois pontas de lança como Cardozo e Suazo (para mim, a dupla de ataque ideal em teoria), o meio campo central tem que ter dinâmica de ataque, e saber trazer a bola para o último terço do terreno, subindo correctamente para não haver um fosso com os homens da frente. Durante a 1ª parte isso viu-se muito poucas vezes. Para além disso, a equipa acusou a saída prematura de Sidnei, entrando Miguel Vítor muito mal no jogo, como se prova pelo facto de o Nacional ter criado a maior parte das suas chances em escapadas entre ele e Jorge Ribeiro. A partir dos 15m da 2ª parte as coisas modificaram e o Benfica assumiu o jogo, ainda mais quando Alonso foi expulso. O golo até acabou por surgir, mas antes disso a equipa também desperdiçou mais que uma boa chance de marcar.

Apesar de ter todas as razões para se sentir "roubado" em 2 pontos, o clube tem de olhar bastante para o que fez e tem feito, para que não seja necessário precisar de marcar golos em lances que possam gerar polémica. Explicação simples, mas creio que correcta:) Mas o 1º lugar ainda lá está. eheheh