sábado, 31 de janeiro de 2009

EDITORIAL


ATÉ…




Demos o pontapé-de-saída em Julho de 2007. 16 meses depois, apitamos para o final de uma fase da nossa carreira de jornalistas que nos treinou para o que iremos enfrentar no futuro. Um caminho com mais calma do que percalços, onde a amizade imperou mas em que a responsabilidade de cada um também teve um peso considerável no sucesso que, achamos, este projecto alcançou.




Segunda-feira, dia 26 de Janeiro de 2009. Despida de gente, a redacção do Jornalismo Porto Net / Jornalismo Porto Rádio via abrir-se uma tarde chuvosa e fria de Inverno. As 14h tinham já passado há muito quando os primeiros elementos da redação da Gazeta do Futebol, resistentes mas atrasados, começavam a chegar. A antecâmara de mais uma reunião semanal (por sinal, a última), para determinar a agenda da semana, decidir quem assinava o comentário da sexta-feira que se aproximava, escolher temas para o editorial, distribuir trabalho para os jogos dos quartos-de-final da Taça de Portugal.

Pelo meio, impropérios e palavras que jamais ousarão sair do nosso seio, muita boa-disposição, comentários bem-humorados, provocações mesquinhas entre o André e o Pedro, trocas de ideias entre a Patrícia e o Zé, com o Guilherme a espicaçar as discussões em duas frentes. Por força de compromissos académicos, tínhamos todos prometido à Patrícia que a reunião seria breve. Nada mais errado. 30 minutos em que a distribuição de trabalho se processou em três tempos, mas que o “bichinho” de analisarmos, no início de cada semana, os casos da jornada, os melhores golos ou os falhanços se encarregou de alongar o último encontro da Gazeta do Futebol.

Demos o pontapé-de-saída em Julho de 2007. 16 meses depois, apitamos para o final de uma fase da nossa carreira de jornalistas que nos treinou para o que iremos enfrentar no futuro. Um caminho com mais calma do que percalços, onde a amizade imperou mas em que a responsabilidade de cada um também teve um peso considerável no sucesso que, achamos, este projecto alcançou.

Relembramos os bons momentos que passámos entre todos na cobertura de jogos da Liga Portuguesa. Quando entrávamos nas zonas reservadas à comunicação social dos estádios, o nervoso miudinho apoderava-se de nós, mas rapidamente nos sentávamos e ligávamos os computadores. Era ver as equipas destacadas a rir que nem umas desalmadas com um golo perdido de baliza aberta ou um erro grosseiro do guarda-redes. Era ver as equipas destacadas saírem apreensivas dos estádios onde nos deslocávamos quando os adeptos, irados, esperavam alguém à porta.

E que dizer da cobertura do Euro 2008’? Inolvidável. Verdadeiramente inolvidável. Os relatos sentidos e emocionados do André, do Pedro, do Zé. A reportagem volante e activa da Patrícia. A alegria de ver a nossa Selecção marcar um golo e de poder presenciar toda a festa, in loco, com os portugueses.

Olhando para trás, fica já o sentimento de nostalgia. Não foram poucas as vezes em que, nas salas do curso de Ciências da Comunicação, na Praça Coronel Pacheco, escrevíamos as notícias, acompanhávamos conferências de imprensa através da web, da rádio, da televisão, divagávamos nos comentários semanais. Os vídeos mais engraçados do mundo do futebol eram vistos em grupo «n» vezes e o barulho do júbilo chamava mais boa gente lá do curso para se juntar a nós.

E podíamos estar aqui a escrever muita coisa sem sentido, mas que só iria ajudar a traçar o perfil da sua Gazeta do Futebol. Um pequeno grupo de aspirantes a jornalistas (exceptuando o Pedro, cujo coração há muito pende para o lado da assessoria da comunicação) que quis colocar em prática todos os conceitos que assimilou nas aulas.

Na tal última reunião, as palavras de encerramento ficarão para sempre na memória. O Guilherme, no seu jeito gingão, começou: “O melhor corpo redactorial possível”. As palmas seguiram-se. Prosseguiu o André, apoderando-se do gravador: “Os meus colegas mais antigos concordam, este editor até hoje ainda não nos pagou um único ordenado. Nada!”. O Pedro ainda alinhou pelo mesmo diapasão: “Estou pior que os jogadores do Estrela… já não recebo há 15 meses e as Finanças já hipotecaram o meu plasma e a minha Playstation!”. A Patrícia continuou na toada das críticas: “Aí está a explicação de eu ainda não ter passado a Int. à Economia. A culpa é do Zé que não paga”. O visado preferiu optar pela diplomacia e por uma posição salomónica: “Foi um prazer ter trabalhado convosco… apesar de tudo!”.



(NOTA DO EDITOR


A ideia fervilhava na minha cabeça há meses: arranjar um espaço onde pessoas como eu, interessadas em seguir jornalismo desportivo (ou não…), pudessem treinar e cometer todos os erros possíveis antes de saírem para as redacções de muitos órgãos de comunicação social. Entrou o André, logo de início; seguiram-se-lhe a Patrícia e o Pedro; o Guilherme seria o último a entrar para este grupo. A juntar a estes nomes, Bernardino Barros, Nuno Moutinho, Rita Oliveira, Diana Vasconcelos, David Fernandes, Adriano Cerqueira. Sem prejuízo de outros nomes, compreenderão quando as palavras que abaixo reservo vão direitinhas para os primeiros 4. Os 4 «magníficos».

A todos eles o meu muito obrigado. Fizeram com que vivesse o sonho que acalentava há muito, empenharam-se, sacrificaram-se e fizeram desta Gazeta do Futebol aquilo que ela foi, é, e será para todo o sempre.

Os louros, os créditos os elogios: todos para vocês. Fui apenas a pessoa que vos distribuía trabalho, um mero peão no meio de um xadrez repleto de mais-valias para o meio das Ciências da Comunicação.

Conseguimos assentar, em 5 estacas, as bases de um projecto que, esperamos, possa vir a servir de inspiração para outros “delfins” no campo do jornalismo.

Mas é a vocês, André, Guiherme, Patrícia, Pedro, que quero dizer um “até…”. Não um “até já”, porque será difícil, no futuro próximo, conseguirmos erguer mais uma maluqueira destas. Simplesmente um “até…” porque teremos sempre na memória o que passámos nestes últimos 16 meses e porque, um dia bem mais tarde, estaremos todos a beber um copo e a relembrar esses belos momentos.)

4 comentários:

Tommy_Gun disse...

Muitos parabéns a todos pelo trabalho muito bom desenvolvido neste projecto! Penso que este blog foi realmente um verdadeiro estágio para voçês, que brevemente estarão a entrar no mundo de trabalho. E não duvido que voçês todos estejam muito bem preparados, por tudo o que desenvolveram neste espaço:)

Desde que soube da existência deste blog que tenho acompanhado regularmente o que aqui vem sendo escrito. Gostei bastante das vossas crónicas, dos editoriais que amíude abordavam temas muito interessantes, dos acompanhamentos ao minuto... muito e bom trabalho! Inclusive foi porreiro para mim, pois tornou-se um espaço onde ocasionalmente mandava o meu bitaite xD

Resta-me desejar-vos muita sorte para as vossas profissões. Pelo que vi, sois bons candidatos a ter um bom futuro nesta área.

Fiquem bem!

Ana a.k.a Cuddles disse...

muitos parabéns à Gazeta e a todos os seus colaboradores! Fizeram um trabalho irrepreensível ao longo de todo este tempo!

Desejo-vos toda a sorte para o futuro =)

PSousa disse...

Obrigada pelo trabalho prestado, sempre de maneira exemplar, e por mim acompanhado.

Que possa Portugal ter melhores jornalistas.

Abraço

Anónimo disse...

Muitos parabéns a todos pelo trabalho excelente que fizeram juntos.

A vocês todos desejo que tenham um grande futuro como jornalistas,pois bem o merecem.
foi um prazer ter acompanhado este vosso trabalho.

Boa sorte e fiquem bem!