sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

ESTA SEMANA, ESCREVO EU...




PROVA PROVADA




Para mim já não há dúvidas. O futebol é um mundo de corrupção e de esquemas. Quando vemos escândalos como o desta semana naquela que é só a maior instituição do futebol, o Real Madrid, a esperança num desporto limpo e livre de ilegalidades é pouca. Muito pouca.



GUILHERME BRAZ



Rebentou a bomba no Vicnete Calderón… nas mãos de Ramón Calderón. O presidente do Real Madrid foi obrigado a demitir-se perante as pressões resultantes da suspeita na manipulação da AG do clube.

Aparentemente, dez amigos íntimos de Ramón Calderón e dos seus dois filhos estiveram presentes e votaram na aprovação das contas do clube, contas essas que, embora apresentassem um passivo de 52 milhões de euros, preconizavam um orçamento de nada mais, nada menos, do que 400 milhões de euros. Um absurdo.

Não vale a pena entrar em grandes detalhes do escândalo. O que está feito, feito está. O problema é que quando uma situação destas acontece num clube de tal magnitude, dá muito que pensar no que se passará em divisões inferiores.

Pode vir um novo presidente, até se fala no regresso de Florentino Pérez. Mas a imagem dos “madrileños” está manchada. O campeonato não corre bem, a fase de grupos da «Champions» não foi perfeita, e agora isto. O panorama está tudo menos “galáctico” para os lados de Madrid.

Mas nem tudo é mau no meio do efervescente “calderón”. Fica a investigação do jornal “A Marca”. Se não fosse o periódico espanhol, se calhar as contas estavam aprovadas e Ramón estaria sentado na sua poltrona, a pensar em que estrela comprar, e quanto gastar do seu bolo de 400 milhões de euros.

Nós, como estudantes de jornalismo, e amantes do desporto, congratulamo-nos com a investigação. Foi, de facto, uma bela prova que o jornal deu a todos os críticos que o conotam como defensor da “causa blanca”. É preciso coragem, a coragem de interferir e abanar com os mais altos interesses de uma instituição “todo-poderosa” como a do Real Madrid.

Os mais ricos são os mais mafiosos. É assim que enriquecem e querem enriquecer. Em todos os negócios, isto começa a ser regra. Porque é que o futebol havia de ser diferente?




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