sábado, 17 de janeiro de 2009

EDITORIAL


RONALDO: REPENSAR OBJECTIVOS



Não obstante todas as conquistas, as críticas surgiram na hora da entrega do prémio. Alegou-se a pobre segunda metade do ano de Ronaldo para entregar o prémio a outro astro (Lionel Messi) e o fraco nível exibicional demonstrado pelo português no Euro 2008’. Tudo razões válidas para o madeirense pensar que os prémios não caem do céu, que é preciso uniformidade e regularidade ao longo do tempo e dos contextos (Manchester United e Selecção Nacional).



Em 2001, Luís Figo assinou o seu nome no lote restrito e elitista da categoria «Melhor Jogador do Mundo» para a FIFA. Fez história, ao ser o primeiro português a atingir tal feito, num momento em que o perfume do seu futebol enchia muitos relvados europeus.

Na última segunda-feira, foi passado o testemunho. Cristiano Ronaldo foi galardoado com o mais alto prémio individual de jogadores, depois de um ano de 2008 verdadeiramente sensacional. Premier League, Liga dos Campeões, Mundial de Clubes, Bota de Ouro, Bola de Ouro pela France Football, de tudo um pouco o fenómeno CR7 arrecadou em 12 meses de ritmo avassalador e de golos. Muitos golos.

Não obstante todas as conquistas, as críticas surgiram na hora da entrega do prémio. Alegou-se a pobre segunda metade do ano de Ronaldo para entregar o prémio a outro astro (Lionel Messi) e o fraco nível exibicional demonstrado pelo português no Euro 2008’. Tudo razões válidas para o madeirense pensar que os prémios não caem do céu, que é preciso uniformidade e regularidade ao longo do tempo e dos contextos (Manchester United e Selecção Nacional).

A questão não passa, a nosso ver, pela injustiça na entrega de tão distinto galardão a Cristiano Ronaldo. Passa, sim, pela consciência que este deve ter da necessidade de estabelecer objectivos, durante uma época, e de ponderar o porquê de uma diferença abismal nos desempenhos rubricados em Old Trafford e com a camisola das «quinas».

Ronaldo é o melhor. O prémio entregue pela velha glória Pelé demonstra um ano de 2008 em cheio para o craque luso mas acresce-lhe a responsabilidade de continuar a trabalhar e a evoluir o seu jogo de dia para dia. Káká não representou, nem de perto, nem de longe, uma concorrência renhida para Cristiano porque não foi o “maestro” que o AC Milan precisou em muitos momentos do ano transacto. Mas Messi? Sim, representou uma ameaça ao prémio conquistado pelo português porque evoluiu muito nos últimos tempos. A forma do Barcelona na Liga Espanhola e na «Champions» traduz isso mesmo. Assim como a quebra de forma da turma de Alex Ferguson se ressente da diminuição de rendimento daquele que é o Melhor Jogador do Mundo. Pelo menos, até Janeiro de 2009.




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