ANÁLISE: FREDDY ADU

IMAGEM: record.pt

ANDRÉ MATOS LEITE

Com apenas 14 anos, Freddy Adu era já mais conhecido do que os seus compatriotas Landon Donovan ou John O’Brien, jogadores que actuaram, respectivamente, no Bayer Leverkusen e no Ajax, grandes clubes europeus. Apesar de nunca ter tido o sucesso que sempre se pensou que teria na MLS, a liga norte-americana de futebol, Adu foi desde cedo o jogador mais famoso dos Estados Unidos.

Qual a receita para a fama deste jogador? O novo reforço do Benfica é tido por vários adeptos da MLS como um jogador com tendência para o individualismo, mas com uma boa capacidade de passe e de cruzamento (quando se lembra do colectivo...). A sua habilidade técnica apurada traduz-se não só nas suas fintas, mas também na sua capacidade de colocação do remate. Embora o seu melhor pé seja o esquerdo, consegue usar o pé direito com eficácia no passe curto, na condução da bola e mesmo no remate. Freddy Adu é um jogador fisicamente fraco (não tem a força de outros avançados mais “entroncados”) e, com o seu 1,72 m, não será um grande candidato ao jogo aéreo. Contudo, é rápido e ágil, potencialidades que poderão ser aproveitadas em jogadas mais rápidas, especialmente no contra-ataque. Outra característica que torna Adu uma mais-valia para o plantel «encarnado», é o facto de o americano ser um bom candidato à marcação das bolas paradas com o pé esquerdo, situação em que o S.L. Benfica evidencia algumas dificuldades (só Cardozo cumpre com essa função).