quinta-feira, 29 de novembro de 2007

RUI ORLANDO EM DISCURSO DIRECTO


ANDRÉ MATOS LEITE


Rui Orlando participou, a passada quarta-feira, num colóquio na Faculdade de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto. O coordenador da Sport TV, que dos seus 35 anos já trabalhou 16 como jornalista, falou da sua carreira profissional, do mercado de trabalho jornalístico, entre outros aspectos relacionados.

“É necessário acelerar o percurso profissional a par do percurso académico porque há pessoas que começam nesta profissão sem fazer o académico”, é a opinião de Rui Orlando que, apesar de considerar essencial o estudo da profissão jornalística, acredita que não é suficiente para assegurar emprego, especialmente tendo em conta o estado actual do mercado de trabalho. Segundo o comentador desportivo, que afirma ter realizado a sua aprendizagem “praticamente em directo”, as “empresas vão ao mercado já quase em desespero”, algo que dificulta bastante a colocação das novas fornadas de técnicos de comunicação.

Durante a hora de duração do seu colóquio, aproveitou ainda para responder às perguntas de alguns participantes. Quando questionado sobre o aliciante no jornalismo, Rui Orlando disse considerar que os aspectos mais importantes são “o prazer intrínseco e o reconhecimento pela actividade”, sendo a segunda impossível de obter no jornalismo especificamente desportivo pela carga emocional que o desporto carrega. O antigo jornalista da RDP e da RTP exemplificou explicando que, enquanto os apresentadores televisivos são mais conhecidos por serem “jornalistas populares”, no desporto os mais conhecidos do país “não são populares, podem ser conhecidos, mas não são queridos”. Acrescentou também que, embora hoje em dia se verifique menos, historicamente o jornalismo desportivo “foi olhado como o jornalismo menor” e que, quando começou a sua actividade profissional na RDP, “quem trabalhava na área do desporto” não era considerado jornalista, mas sim “locutores, animadores ou realizadores”.




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