sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

FUTECONOMÊS



Basicamente, (o Team Building) é um processo de motivação que retira os colaboradores de uma organização para fora do seu local de trabalho para criar num grupo de pessoas o “espírito de equipa”, capaz de reforçar o sentimento de pertença ao grupo e melhorar a forma como as pessoas interagem e trabalham em conjunto.



NUNO MOUTINHO
Professor da Faculdade de Economia do Porto (FEP)



O marketing ainda não cumpriu as etapas e as condições que podem fazer deste corpo de pensamento uma ciência. No entanto, tem sido notável a quantidade quase inesgotável de ferramentas analíticas que o marketing tem fornecido às ciências empresariais desde o início dos anos oitenta. Uma dessas ferramentas é conhecida por “marketing interno”, assente na ideia de que uma organização só consegue oferecer um elevado nível de qualidade de serviço, se for capaz de tornar os empregos mais atractivos para os seus colaboradores, de modo que eles possam fazer o mesmo em relação ao seu público alvo.


Neste contexto, tem emergido um conceito inovador, o do Team Building. Basicamente, é um processo de motivação que retira os colaboradores de uma organização para fora do seu local de trabalho para criar num grupo de pessoas o “espírito de equipa”, capaz de reforçar o sentimento de pertença ao grupo e melhorar a forma como as pessoas interagem e trabalham em conjunto. Para se construir um processo articulado e integrado de processos de trabalho, é necessário o aprofundamento dos elos sociais e do conhecimento das virtudes e defeitos de cada indivíduo que pertence à equipa. Este objectivo de motivar os colaboradores, para que a sua produtividade e atitude no trabalho aumente, é mais facilmente alcançado numa actividade lúdica fora da organização, num ambiente informal e descontraído. Inúmeras empresas e organizações têm apostado neste tipo de iniciativas, contratando empresas para o fazer ou organizando internamente eventos para os seus funcionários.





A Universidade do Porto não foge a esta realidade. Neste momento, o Gabinete de Actividades Desportivas da Universidade do Porto está a organizar o III Campeonato de Futsal de Funcionários da Universidade do Porto (http://3campeonatofutsaluporto.blogspot.com/). Sete departamentos ou cursos organizaram-se e estão agora a disputar o almejado troféu que tem sido ganho por funcionários da Faculdade de Letras.


Tudo o que escrevi sobre Team Building faz ainda mais sentido quando falamos do curso de Cências da Comunicação da Universidade do Porto, formado através de protocolo assinado pelas Faculdades de Letras, Engenharia, Belas-Artes e Economia. Temos docentes pertencentes a diversas instituições, cientistas das mais variadas áreas, que têm que saber trabalhar em equipa, apesar da sua heterogeneidade, para conseguir alcançar o difícil objectivo de formar profissionais para saídas tão diversas como o Jornalismo, a Assessoria de Comunicação e a Comunicação Multimédia. Desta forma, resolvemos participar neste torneio, com o desiderato de nos conhecermos melhor e promover o nosso curso junto da Universidade. Foi criado um logotipo, um nome agregador para a equipa (“.COM”), um equipamento oficial, enfim, uma identidade.


Nomes como Helena Lima, Pedro Costa, Rui Novais, André Almeida, Bruno Giesteira, Mário Machado, Milan Rados, Nuno Moutinho e Pedro Rios vão dar o seu melhor no torneio e, sobretudo, vão interagir fora das paredes das instalações sitas em Coronel Pacheco. Para já, a nossa equipa cilindrou Ciências, num jogo em que marcámos 11 (!) golos contra apenas 3 sofridos. Mas o mais importante foi o convívio e a alegria de todos em torno deste “projecto”. A ver vamos se os defensores do Team Building têm razão e se o futebol se transforma numa ferramenta analítica de marketing interno. “E esta, hein?”.



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