sexta-feira, 11 de abril de 2008

ESTA SEMANA, ESCREVO EU...


TRÊS VEZES JUSTIÇA




Por outro lado, chegaram reforços surpresa: a irreverência de Tarik e a capacidade finalizadora de Lisandro. O argentino acaba por ser uma das principais figuras deste campeonato ao liderar a lista de marcadores. Já Tarik surpreendeu tudo e todos com a sua atitude e vontade de brilhar, o que acabou por conseguir três anos depois de ter sido contratado.



PEDRO ROCHA




O Porto confirmou, este sábado, o campeonato mais desequilibrado dos últimos anos. A equipa de Jesualdo demonstrou rigor, pragmatismo e muito profissionalismo. Partindo do pressuposto que todos os jogos são para vencer, os dragões fizeram um caminho quase perfeito. A cinco jornadas do fim, conseguiram o justo prémio. Penso que é demasiado injusto atribuir ao demérito da concorrência o campeonato conquistado pelo F.C. Porto.

Na verdade, a equipa portista foi ao longo da temporada sempre superior às restantes equipas e não falhou nos momentos cruciais. Imaginem que a equipa azul perdia na Luz, na altura ficava somente com um ponto de vantagem. Venceu e aí decidiu parte do campeonato. A outra parte seguiu-se em Alvalade. Aí a equipa perdeu o jogo mas ganhou confiança com uma exibição sólida e muito superior ao Sporting.

Jesualdo construiu este Porto ao seu estilo. Com uma base da temporada passada, que só perdeu Pepe, a equipa não fraquejou como no ano passado. As diferenças desta equipa para a da época passada são notórias. Pepe foi substituído por P.Emanuel. Anderson na época passada quase não jogou pelo que não levantou qualquer problema. Por outro lado, chegaram reforços surpresa: a irreverência de Tarik e a capacidade finalizadora de Lisandro. O argentino acaba por ser uma das principais figuras deste campeonato ao liderar a lista de marcadores. Já Tarik surpreendeu tudo e todos com a sua atitude e vontade de brilhar, o que acabou por conseguir três anos depois de ter sido contratado.

Assim a equipa brilhou e pretende até ao final da época bater mais alguns recordes. Sem concorrência, mas com mérito. Faltaram, contudo, alguns condimentos a este Porto para ser perfeito. Primeiro, os reforços contratados acabaram por não ter o papel que se esperava. Farías aparece a espaços e Mariano são dos poucos que conseguem alguma visibilidade, mas nunca foram indiscutiveis. Em segundo lugar, faltou um Porto mais acutilante na «Champions». Após uma fase de grupos prometedora (primeiro lugar), a equipa baqueou logo nos oitavos de final e frente ao Shalke. O azar não explica tudo. Faltou coragem para o Porto se impôr na Alemanha, o que não conseguiu. E, por fim, duas taças perdidas, a Supertaça para o Sporting, e a eliminação na Taça da Liga, frente ao Fátima! Resta agora a Taça de Portugal para a dobradinha, a primeira na carreira de Jesualdo.

Sem comentários: