O QUE DISSERAM OS TREINADORES

VIT. GUIMARÃES - LEIXÕES

JOSÉ PEDRO PINTO

MANUEL CAJUDA

"É O LENTO REGRESSO DO VIT. GUIMARÃES AO SEU FUTEBOL NORMAL "

A primeira vitória em casa na presente temporada, para o Vit. Guimarães, foi “justa”, na opinião de Manuel Cajuda. O treinador vimaranense gostou da partida, onde vislumbrou “três boas equipas” no relvado e considera que, pelo golo e pelo maior número de oportunidades, o Vit. Guimarães acabou por ser o vencedor certo desta partida, aproveitando ainda para destacar a boa forma do adversário de hoje: “É um resultado justo, pelo golo e pelas oportunidades, frente ao líder do campeonato que merece todos os elogios que se possam dar. Jogar com o Leixões é muito difícil nesta altura, porque sabíamos que era uma equipa com factores emocionais muito acima do normal e com uma enorme força mental".

Cajuda acha que esta vitória pode marcar uma melhoria exibicional daqui para a frente, apesar de reconhecer que este Guimarães “não é igual ao do ano passado”. “É o lento regresso do Vit. Guimarães ao seu futebol normal. Não somos a pior equipa do mundo e algum dia haveríamos de vencer em casa”, afirmou. O treinador da equipa que agora ocupa a 8ª posição da Liga Sagres agradeceu ainda a toda a estrutura do Vit. Guimarães o apoio demonstrado na última semana, quando muito se especulava sobre o seu futuro no clube: “Ao longo da semana senti esse apoio. Pelo carinho que os adeptos nos dedicaram, pela direcção, pela equipa técnica… Mas também por eu acreditar em todos estes jogadores, e a força mental demonstrada por eles foi fantástica”, rematou Cajuda.

JOSÉ MOTA

"LIDERANÇA NÃO É OBJECTIVO PARA NÓS"

José Mota era um treinador comedido, no final da partida. Considerou que o empate era “o resultado mais justo”, embora tenha reconhecido o “domínio” do adversário, sobretudo na 1ª Parte. O golo da equipa de Cajuda apareceu nos últimos minutos, o que, na opinião de José Mota, sentenciou a partida: “O Vit. Guimarães dominou em termos territoriais e o golo aparece numa fase final. A partir daí, a reacção é mínima”. O treinador do Leixões reconheceu que o facto de o jogo se ter disputado muito a meio-campo e o pressing alto evidenciado pelo adversário evitaram mais oportunidades para a sua equipa. “Sabemos que (o Vit. Guimarães) gosta de fazer pressing alto. Aos poucos, fomos retirando essa pressão mas não tivemos grandes oportunidades, com o meio-campo muito disputado”.

O golo que viria a decidir a partida para os da casa surgiria já perto do minuto 90’, altura em que José Mota já não acreditava que pudesse vir a perder o jogo. “Quando já não contávamos na reviravolta, acontece o golo, depois de uma série de ressaltos”, afirmou o técnico leixonense, aproveitando para relembrar que são “dois jogos consecutivos a sofrer golos na fase final” de uma partida, aludindo ao empate da jornada passada frente à Naval 1º de Maio.

Em relação à perda da liderança da Liga Sagres, José Mota preferiu sublinhar o facto de que o primeiro lugar foi uma “realidade e não um sonho”, realçando que a equipa “tudo fez para prolongar o estado de graça” e continuar em 1º lugar. O treinador deu os parabéns à sua equipa e relembrou que a liderança não passa pela cabeça do Leixões: “A liderança não é objectivo para nós e só posso dar os parabéns aos meus jogadores. Como não foi por demérito deles que perdemos aqui hoje, só posso estar contente com a exibição”, concluiu.