sábado, 24 de janeiro de 2009

EDITORIAL


TAÇA DA LIGA (PORTUGUESA):
PROVAVELMENTE, A TAÇA MAIS CONFUSA DO MUNDO



Se o objectivo de preencher algumas semanas do calendário da época foi alcançado (sublinhe-se esse feito), não é de admirar que o retorno financeiro para os clubes seja diminuto? Com um patrocínio de peso (Carlsberg, representada em Portugal pela Unicer)? E com direitos de transmissão televisiva negociados? Não se compreende.




Era uma questão de tempo até o modelo obsoleto de uma competição organizada em moldes errados começar a ceder. Falamos, claro está, da Taça da Liga. O que a última semana veio demonstrar, em toda a sua plenitude, é o simples facto de que a Liga de Clubes revelou ser um autêntico flop na gestão de uma competição muito aclamada por Hermínio Loureiro no início da temporada transacta.

Não se consegue perceber – e, esta época, isso foi por demais evidente – como é que uma Taça da Liga que nasceu sob a égide de ocupar os hiatos decorrentes do sempre pouco preenchido calendário do futebol português e de garantir receitas financeiras significativas para os clubes mais necessitados, acaba por redundar numa competição pouco creditada junto dos clubes. A confusão com a última jornada da 3ª fase não pode, também, ser retirada da pilha de queixas dos clubes. Assim como imprecisões regulamentares que em nada abrilhantam as instituições que gerem o futebol português junto das instâncias internacionais.

Se o objectivo de preencher algumas semanas do calendário da época foi alcançado (sublinhe-se esse feito), não é de admirar que o retorno financeiro para os clubes seja diminuto? Com um patrocínio de peso (Carlsberg, representada em Portugal pela Unicer)? E com direitos de transmissão televisiva negociados? Não se compreende.

Depois, uma regra basilar de bom senso: numa jornada derradeira em que todas as equipas deveriam partir em pé de igualdade – leia-se, jogar à mesma hora – a Liga de Clubes divulga alterações aos horários dos ditos jogos, estendendo a última etapa da 3ª Fase da Taça da Liga por dois dias (sábado e domingo). Não se compreende.

Mais do que isso, de ressalvar ainda a confusão regulamentar, com expressões adaptadas, segundo muitos juristas de Desporto, de forma inadvertida por parte da Liga de Clubes e que deram azo a mais um adiamento de uma partida: apesar de todos terem caído na esparrela (LPFP, jornalistas, clubes e adeptos), goal average não é o mesmo do que diferença entre golos marcados e sofridos. No Restelo, alguém reparou e está criado mais um caso bicudo para o mandato de Hermínio Loureiro.

Com tudo isto a poder ser evitado, assinale-se.



Sem comentários: