domingo, 29 de junho de 2008

EURO 2008: ESPANHA GANHA FINAL E SAGRA-SE CAMPEÃ!


44 ANOS DEPOIS, A SELECÇÃO ESPANHOLA LEVA A TAÇA DE CAMPEÃ DA EUROPA PARA CASA. NUM JOGO DIGNO DE UMA FINAL EUROPEIA, BASTOU UM ÚNICO GOLO DE FERNANDO TORRES PARA DECIDIR ESTE DUELO. FUTEBOL TÁCTICO E CALCULADO CONTRA A FORÇA DA EMOÇÃO EM EQUIPA: VENCEU O CORAÇÃO CALIENTE DOS ESPANHÓIS.


PATRÍCIA MARTINS



A Alemanha entrou melhor no jogo, de forma concentrada e bem organizada, não deixou fazer valer o favoritismo espanhol. Aliás os espanhóis não conseguiram ultrapassar durante uns bons minutos a barreira tacticamente posicionada pela Alemanha.


Mas aos 13’ Fábregas faz um bom remate e mostra que os espanhóis não estão adormecidos. Contudo, Lehman faz uma grande defesa, desviando para canto. Neste período a Alemanha mantinha a maioria da posso de bola, mas as dificuldades começavam a fazer-se sentir

Torres faz um cabeceamento (22’) forte… ao poste. Estava aí a primeira ameaça de “El Niño”, que ao minuto 33 consegue mesmo concretizar e colocar a Espanha na frente do marcador. Fernando Torres sabe beneficiar do erro adversário e consegue ser mais rápido do que Lahm e Lehman. A equipa de Aragonés estudou bem a lição e aproveitou um dos pontos fracos desta Alemanha: pouca rapidez do quarteto defensivo.


Quase a fechar a primeira parte foi o árbitro que protagonizou um mau lance ao mostrar (injustamente) um cartão amarelo a Casillas que se limitou, como capitão, a tentar acalmar os ânimos dos colegas após um lance entre Ballack e Fábregas. Era o final de uma primeira parte bem disputada e que mantinha os adeptos de futebol satisfeitos.

Na segunda metade Espanha não deu tréguas e a cada erro do adversário fazia provar o veneno do contra-ataque. No entanto, a Alemanha lá ia ameaçando igualar e rondava a grande área de Casillas. Aos 59 minutos Ballack chegou mesmo a rematar… mas ao lado.

Destaque para Iniesta que fez um grande jogo, sempre presente no meio campo alemão. Perde mesmo uma oportunidade (81’) de ouro em frente à baliza contrária para alargar a vantagem.

Uma final europeia com poucos remates, mas uma grande atitude de equipa por parte dos espanhóis, que são uns justos vencedores da prova. Recorde-se que na fase de apuramento conseguiram ultrapassar muitas dificuldades, mas Aragonés colocou a equipa na fase final da prova, ficando em primeiro lugar na fase de grupos. Mais tarde deixou de fora a campeã mundial em título, Itália, nos quartos-de-final. Para chegar à final eliminou a Rússia, grande surpresa positiva deste campeonato.

A Alemanha fez um bom jogo, mas foi insuficiente para derrotar uma Espanha com grande censo de equipa. Venceu o futebol-emoção e é hora de “nuetros hermanos” voltarem a festejar… 44 anos depois.


EURO 2008 - FINAL

ALEMANHA-ESPANHA
Estádio: Ernst-Happel, Viena
Hora: 19.45
Árbitro: Roberto Rosetti (Itália)

EQUIPAS OFICIAIS

ALEMANHA

1-Jens Lehmann
3-Arne Friedrich
17-Per Mertesacker
21-Christoph Metzelder
16-Philipp Lahm
7-Bastian Schweinsteiger
8-Torsten Frings
15-Thomas Hitzlsperger
13-Michael Ballack
20-Lukas Podolski
11-Miroslav Klose

Treinador: Joachim Löw

ESPANHA


1-Iker Casillas
15-Sergio Ramos
5-Carles Puyol
4-Carlos Marchena
11-Joan Capdevila
19-Marcos Senna
6-Andres Iniesta
8-Xavi
21-David Silva
10-Cesc Fabregas
9-Fernando Torres

Treinador: Luís Aragonés


sábado, 28 de junho de 2008

EDITORIAL


DIAGNÓSTICO: «FLOP»



O futebol está diferente. A Rússia é o paradigma de uma nova visão e a ela se juntam a Espanha e, a espaços, a própria Alemanha. Para equipas que demonstram debilidades, como a França ou a Itália, o aeroporto é o caminho indicado. Há um «espaço vital» deste mundo, ao qual só os bons têm acesso. Os restantes, os «flops», são recambiados para casa.



29 de Junho, Viena: data e local da final de mais um campeonato da Europa de Selecções nacionais. Chega ao fim uma organização a dois – Áustria e Suíça – de um Euro 2008 em que, mais do que analisar o segredo do sucesso russo ou a garra turca, importa chegar a uma breve e cruel conclusão: não vale a pena antever partidas no plano teórico e estatístico.

A queda precoce dos favoritos a erguer a taça Henry Delaunay, no Ernst Happel, coloca-nos perante o assumir dessa evidência, em que os media desportivos apenas se limitam a colorir as páginas de jornais, as transmissões televisivas e as reportagens radiofónicas antes das partidas. Contam, isso sim, apenas as indicações estatísticas no final do jogo, aquelas que demonstram que a equipa «A» rematou mais vezes à baliza do que a equipa «B» e que, por isso, acabou por sair pela porta grande, vencendo.

Um autêntico «flop» foi o que redundou na campanha das Selecções nacionais que almejavam o título de campeãs europeias. Falta de qualidade? Sobranceria? Venha o diabo e escolha. O que todos vimos foi uma França a ser afastada sem um único relance de bom futebol e uma Itália cujo cinismo finalmente saiu vergado perante um estilo ofensivo de «nuestros hermanos». Falando de Portugal, pecou apenas por não ter perdido o respeito perante a «Mannschaft». Pormenores que se tornaram em “pormaiores”.

Em Junho de 2004, a Grécia surpreendeu o mundo do desporto-rei, depois de uma saída triunfal do Estádio da Luz, erguendo o caneco e vencendo um europeu à defesa. Em Junho de 2006, foi a vez da Itália dar também ela um ar da sua graça, com Marcelo Lippi a orientar os transalpinos num «catenaccio» bem eficaz mas em nada bonito de se ver. Contudo, Berlim viu Cannavaro erguer a copa do mundo.

O futebol está diferente. A Rússia é o paradigma de uma nova visão e a ela se juntam a Espanha e, a espaços, a própria Alemanha. Para equipas que demonstram debilidades, como a França ou a Itália, o aeroporto é o caminho indicado. Há um «espaço vital» deste mundo, ao qual só os bons têm acesso. Os restantes, os «flops», são recambiados para casa.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

ESTA SEMANA, ESCREVO EU...



ARBITRAGENS:

PROTAGONISTAS IMPREVISTOS DO EUROPEU




Quando os erros são demasiados, a questão não é o erro devido aos limites humanos, é o erro devido às limitações daquele indivíduo para aquele cargo. Isto é algo que os senhores da FIFA e da UEFA não podem continuar a ignorar. É preciso forçar as Ligas a encontrarem uma maneira de treinar os seus árbitros para que, pelo menos, os europeus e mundiais futuros possam decorrer com todo o protagonismo nos jogadores e não no “gajo do apito”.




ANDRÉ MATOS LEITE




A Europa é conhecida como um continente com grande qualidade no que toca ao futebol. Diz-se que o desporto-rei nasceu na Inglaterra e de terras de Sua Majestade partiu para ocupar o seu lugar no mundo. No velho continente, estão os talentos de todos os outros. Os melhores dos quatro cantos do mundo ambicionam jogar na Europa onde está o dinheiro do futebol.

Inglaterra, Itália, Espanha, Alemanha, Portugal, Holanda, França… As ligas europeias são sempre emocionantes de ver. O futebol praticado, especialmente pelas melhores equipas, é sempre uma forma rara de arte, mesmo dentro da modalidade. Os portugueses estão entre os povos que mais adoram este desporto. Aliás, provavelmente é o país onde mais pessoas associam ao desporto o futebol. Adoramos ver a bola no relvado na batalha dos 22 de tal forma que muitas vezes nos esquecemos dos outros desportos. A liga portuguesa tem sempre as maiores audiências ao longo do ano, mas há algo de que nenhum adepto pára de se queixar: as arbitragens. “Os nossos árbitros são maus”, “roubam sempre para o mesmo lado”, “são todos uma cambada de gatunos!”… São alguns dos comentários mais simpáticos que já ouvi ou já proferi em relação aos nossos homens do apito. Serão eles assim tão maus?

Neste europeu, o Euro 2008, vimos algumas arbitragens que deixaram muito a desejar. O primeiro caso que levou à “revolta” foi o lance do primeiro golo do encontro entre Holanda e Itália, um golo manchado pela discussão do costume: era fora-de-jogo ou não? Desde então os lances multiplicaram-se. Na maioria dos jogos que vi (e acreditem foram muitos) a arbitragem tomou demasiado do palco que pertence aos jogadores. Árbitros de todas as nacionalidades cometeram erros que não se permitem a senhores que querem apitar partidas tão importantes que já ultrapassam os clubes, partidas entre selecções nacionais.


Um bom exemplo disto mesmo, um exemplo que tocou a Portugal, foi a arbitragem do encontro entre lusitanos e helvéticos. Pode não ser desculpa para a derrota e não é. Com a nossa equipa B (que tem nomes como Nani, Quaresma ou Fernando Meira) deveríamos ter ganho. No entanto, isso também não invalida a questão da má arbitragem.


No Alemanha – Turquia, foram demasiados os lances mal avaliados pelo trio de arbitragem. Não foram só para um lado, é certo, mas isso não despenaliza ou diminui a questão. Se um árbitro comete tantos erros que consegue beneficiar as duas equipas que se enfrentam é porque ou o árbitro ou a sua equipa ou ambos são maus! A questão, meus amigos, é esta mesmo! Não interessa se só há erros para um lado ou não, não interessa se são propositados ou não.


Quando os erros são demasiados, a questão não é o erro devido aos limites humanos, é o erro devido às limitações daquele indivíduo para aquele cargo. Isto é algo que os senhores da FIFA e da UEFA não podem continuar a ignorar. É preciso forçar as Ligas a encontrarem uma maneira de treinar os seus árbitros para que, pelo menos, os europeus e mundiais futuros possam decorrer com todo o protagonismo nos jogadores e não no “gajo do apito”.


quinta-feira, 26 de junho de 2008

EURO 2008: PODER ESPANHOL QUEBRA RÚSSIA DE HIDDINK E ARSHAVIN






ANDRÉ MATOS LEITE


Domingo, 29 de Junho. É daqui a três dias que se disputa a final da presente edição do Euro da Áustria e da Suiça. Alemanha e Espanha vão decidir entre si quem será o campeão europeu de 2008. A selecção ibérica conseguiu a vitória, por 3-0, na segunda meia-final do torneio sobre a selecção russa, uma equipa que conseguiu afastar a poderosa Holanda.

Com mais uma tempestade durante um encontro europeu se jogou este Rússia – Espanha. A formação de Leste começou mal a partida e permitiu o domínio espanhol nos momentos iniciais da partida. A Espanha podia mesmo ter atingido cedo a vantagem, mas Akinfeev esteve muito bem ao parar as tentativas de Sérgio Ramos, Fernando Torres e David Villa. A partir do quarto de hora a Rússia começou a entrar no jogo e pouco depois Pavlyuchenko rematou perto da baliza de Casillas na conversão de um livre directo. Apesar do bom início que a partida teve, o jogo foi perdendo velocidade e emoção até ao fim da primeira parte. Arshavin, figura de proa do submarino russo, esteve muito apagado e David Villa, uma das estrelas da constelação espanhola, saiu lesionado aos 34 minutos.

Se na primeira metade, especialmente no final, nunca se adivinharia o resultado com que terminaria o jogo, na segunda parte esse mesmo resultado começou cedo a desenhar-se. Aos 50 minutos Xavi e Iniesta mostraram o entrosamento que jogar na mesma equipa dá e, numa boa jogada de ataque, Iniesta centrou para o seu companheiro do Barcelona permitindo a Xavi inaugurar o marcador. Estava feito o 1-0 e começava o início do naufrágio russo. Com o golo, a turma de Guus Hiddink descontrolou-se e permitiu o regresso do jogo ao seu início, ou seja, ao domínio da selecção ibérica. As oportunidades para o segundo golo espanhol sucediam-se, mas Akinfeev ia adiando como podia o que cada vez mais parecia inevitável. Aos 73 minutos, Fàbregas isola Daniel Guiza que não desperdiça e dilata a vantagem dos pupilos de Luís Aragonês. O terceiro e último golo não tardou a seguir-se. Novamente Fàbregas na assistência desta feita para David Silva que fechou o marcador aos 83 minutos. A Rússia ainda tentou o golo de honra e teve mesmo a melhor oportunidade aos 88 minutos, com Casillas a negar o tento a Sychev.


Ficha de Jogo

EURO'2008 - Meia-final
RÚSSIA-ESPANHA
Estádio: Ernst-Happel, Viena
Hora: 19.45
Árbitro: Frank de Bleeckere (Bélgica)

RÚSSIA - Igor Akinfeev, Alexander Anyukov, Vasily Berezutsky, Sergei Ignashevich, Yuri Zhirkov, Sergei Semak, Ivan Saenko, Konstantin Zyryanov, Igor Semshov, Andrei Arshavin, Roman Pavlyuchenko
SUPLENTES - Diniyar Bilyaletdinov, Renat Yanbayev, Alexei Berezutsky, Roman Adamov, Vladimir Bystrov, Vladimir Gabulov, Oleg Ivanov, Roman Shirokov, Dmitry Sychev, Vyacheslav Malafeyev.
TREINADOR - Guus Hiddink

ESPANHA - Iker Casillas, Sergio Ramos, Carles Puyol, Carlos Marchena, Joan Capdevila, Marcos Senna, Andres Iniesta, Xavi, David Silva, David Villa, Fernando Torres
SUPLENTES - Andres Palop, Pepe Reina, Alvaro Arbeloa, Juanito, Raul Albiol, Fernando Navarro, Santi Cazorla, Xabi Alonso, Ruben de la Red, Cesc Fabregas, Sergio Garcia, Daniel Guiza
TREINADOR - Luís Aragonés


Fontes

EURO 2008: FRIEZA FAZ DAS SUAS E A ALEMANHA ESTÁ NA FINAL



PEDRO ROCHA

A Alemanha está na final do Euro 2008, doze anos depois de ter vencido a competição em 1996. Depois de afastar Portugal nos quartos de final por 3-2, os germânicos eliminaram agora a Turquia pelo mesmo resultado. Hoje, os alemães ficam a saber qual será o seu adversário na final, Rússia ou Espanha.

A frieza alemã voltou a fazer das suas. Os turcos sairam do estádio St. Jacob Park, em Basileia, com uma enorme sensação de injustiça. A equipa de Fatih Terim mesmo com muitas baixas entrou melhor e a criar oportunidades de golo. Foi sem surpresa que chegou ao golo por Ugur Boral aos 22 minutos. Passados quatro minutos, a Alemanha empatou por Schweinsteiger, no primeiro remate da Alemanha à baliza turca. Eficácia total.

No segundo tempo, a equipa de Joachim Low entrou melhor na partida mas sem criar qualquer ocasião de golo. Na única oportunidade voltaram a ser eficazes, erro de Rustu e Klose a não falhar aos 79 minutos. Sem baixar os braços, a Turquia conseguiu igualar por Senturk a quatro minutos do final. Quando já todos pensavam no prolongamento a tremenda injustiça alemã voltou a funcionar. Grande jogada de Lahm e Alemanha na final. Grande jogo turco que mereciam melhor sorte, a Alemanha voltou a provar o seu cinismo eficaz.

EURO'2008 - Meia-final
ALEMANHA-TURQUIA
Estádio: St. Jakob-Park, Basileia, Suíça
Hora: 19.45

Árbitro: Massimo Busacca (Suíça)
ALEMANHA -Jens Lehmann, Arne Friedrich, Per Mertesacker, Christoph Metzelder, Philipp Lahm, Bastian Schweinsteiger, Thomas Hitzlsperger, Simon Rolfes, Michael Ballack, Lukas Podolski, Miroslav Klose

Suplentes: Robert Enke, Rene Adler, Marcell Jansen, Clemens Fritz, Heiko Westermann, Torsten Frings, Piotr Trochowski, David Odonkor, Mario Gomez, Kevin Kuranyi , Oliver Neuville, Tim Borowski

Treinador:Joachim Löw

TURQUIA-Rustu Recber, Hamit Altintop, Ugur Boral, Gokhan Zan, Hakan Balta, Sabri Sarioglu, Ayhan Akman, Mehmet Topal, Mehmet Aurélio, Kazim Kazim, Semih Senturk
Suplentes: Tolga Zengin, Servet Cetin, Mevlut Erdinc, Gokdeniz Karadeniz, Tumer Metin, Emre Belozoglu
Treinador: Fatih Terim

sábado, 21 de junho de 2008

EDITORIAL


VALEU, PORTUGAL




Foi belo ver os emigrantes receber a comitiva lusitana, em Neuchâtel, em clima de verdadeira apoteose, ver milhares de motards em autêntica escolta de honra ao autocarro português a caminho de Genebra, ver os adeptos a vibrar com a Selecção em plena Avenida dos Aliados, na cidade do Porto, e ver cachecóis e bandeiras no ar e lágrimas ao canto do olho sempre que «A Portuguesa» ecoava mesmo no mais pequeno rádio escondido na mais remota vila do país. Valeu, Portugal.



Há uma velha máxima que diz que o espectáculo só termina quando “a senhora gorda canta”. Na passada quinta-feira, Fröjdfeldt foi o artista convidado para “cantar”, apitando para o final da partida dos quartos-de-final entre Portugal e a Alemanha. O resto, já toda a gente sabe.

O último mês recheou-se de uma sinestesia entre várias sensações. Do cepticismo latente que percorria o país passou-se à fase do “acreditar piamente no sucesso” e, como se um estalar de dedos fizesse toda a diferença, a derrota frente aos germânicos fez acordar um Portugal apático, desiludido e tristonho numa manhã de sexta-feira também ela encoberta com algumas nuvens.

Muitas pessoas se interrogam se terá valido a pena tamanha dedicação e a construção de uma corrente de energia positiva à volta da Selecção. Valeu, Portugal. Porque foi belo ver os emigrantes receber a comitiva lusitana, em Neuchâtel, em clima de verdadeira apoteose, ver milhares de motards em autêntica escolta de honra ao autocarro português a caminho de Genebra, ver os adeptos a vibrar com a Selecção em plena Avenida dos Aliados, na cidade do Porto, e ver cachecóis e bandeiras no ar e lágrimas ao canto do olho sempre que «A Portuguesa» ecoava mesmo no mais pequeno rádio escondido na mais remota vila do país. Valeu, Portugal.

Uma palavra para os 23 convocados: obrigado. Por mais um mês pleno de emoção e alegria. Não chegámos tão longe como todos quereríamos e erros foram dados que poderiam ter sido evitados. Mas obrigado à mesma por envergarem o equipamento encarnado, entrarem em campo e vencerem a Turquia e a Rep. Checa. Escorregámos frente à Alemanha, mas a pele ficou em campo e a atitude, essa, foi de louvar.

Duas palavras para Scolari: até sempre. Com «Felipão» ao leme português, a Selecção atingiu a final do Euro 2004, as meias-finais do Mundial 2006 e os quartos-de-final do Euro 2008. Critica-se o anúncio da sua ida para Londres numa altura em que os objectivos se focavam na Suíça e Áustria. Fora isso, podemos ainda apontar-lhe o dedo pela agressão a Dragutinovic. Mas para sempre perdurará o momento em que Scolari, após a vitória frente aos ingleses no Euro 2004, percorreu o relvado da Luz trazendo consigo dois panos: a bandeira de Portugal, que encostou ao peito, e a do Brasil. Até sempre e boa sorte no Chelsea.

Fechámos, na última quinta-feira, a cobertura da Selecção Nacional no Euro 2008. O nosso desejo era chegar a Viena. O nosso desejo era atingir a final. Para a próxima será melhor. Temos a certeza.



sexta-feira, 20 de junho de 2008

ESTA SEMANA, ESCREVO EU...


ALMA LUSITANA





Estão de parabéns os portugueses pelas manifestações de apoio e carinho pelo país, que têm demonstrado ao longo deste tempo. Um ressalvo muito grande para os lusitanos espalhados pelo estrangeiro, emigrantes que tomaram relevo na Suíça com este Europeu de 2008: esses estão preocupados com as cores nacionais e não em culpar Scolari ou o guarda-redes.



PATRÍCIA MARTINS



Portugal tombou nos quartos de final, diante da selecção que tem mais títulos conquistados – Alemanha. Mas fora das quatro linhas há muito mais para ver: os adeptos. As emoções têm sido fortes nos últimos anos. As cores de Portugal pintam as caras e saem à rua, as bandeiras esvoaçam nas janelas e o nacionalismo (pelo menos no que se refere a futebol) nunca foi tão exaltado como a partir do Euro 2004 realizado em território nacional.


Com o agrado de uns e as críticas de outros uma coisa é certa: foi Scolari que conseguiu motivar os lusitanos para a adesão a uma paixão tão exacerbada. Em nenhuma outra ocasião (e quase me arriscaria a dizer que em nenhum outro país) as pessoas sairam à rua interrompendo todo o trânsito e criando autênticas filas para ver simplesmente um autocarro – o que transporta os novos heróis de Portugal – passarem.


O que recebeu em troca? Críticas! E porquê? Porque quis apostar numa equipa renovada, vencedora e que, acima de tudo, formasse um balneário coeso, como uma verdadeira equipa, em vez de se abaixar perante os “senhores” dos clubes e tudo o que lhes interessava! Colocou PORTUGAL à frente de PORTO, BENFICA ou SPORTING… e isso doeu a muita gente.
Mas verdade seja dita, felizmente ainda houve muita gente – e creio que seja a maioria – a festejar com um sorriso aberto as vitórias da selecção e a chorar com sentimento as derrotas. Esses são os verdadeiros portugueses – e os que interessam!


Estão de parabéns os portugueses pelas manifestações de apoio e carinho pelo país que têm demonstrado ao longo deste tempo. Um ressalvo muito grande para os lusitanos espalhados pelo estrangeiro, imigrantes que tomaram relevo na Suíça com este Europeu de 2008: esses estão preocupados com as cores nacionais e não em culpar Scolari ou o guarda-redes.


E, tocando no ponto sensível, se de Scolari falei para dizer tudo o que fez pelo nosso país, não posso deixar de falar em Ricardo. O número 1 que tanta polémica tem gerado ao longo dos últimos anos, sempre dignificou a camisola de Portugal. Merece ele o tratamento que acaba sempre por ter dos portugueses (ou dos que sofrem de clubite aguda - doença que provoca muita comichão e dor em certas localidades dos membros superiores)? Não. Amado por uns e odiado por outros, a verdade é que Ricardo apurou Portugal para o mundial de 2002 (sendo relegado para o banco na fase final da prova na qual nem passámos a fase de grupos), realizou um Euro 2004 espectacular – todos se recordam dos penalties frente à Inglaterra – feito repetido no Mundial 2006 realizado na Alemanha. Em todas as ocasiões, Ricardo regressou ao topo, sobre muita pressão e calou todas as bocas amargas que falaram mal dele. Não podemos culpar as pessoas ao mínimo erro, só porque estão no lugar onde gostariam de ver outro.


Em geral, a mensagem que fica é de agradecimento aos portugueses que vibraram com o vermelho-sangue e verde esperança da nossa selecção. Obrigada ainda a toda esta verdadeira equipa (comandada por Scolari) que nos trouxe tantas alegrias que sem dúvida alguma se sobrepõem à desilusão que todos sentimos quando não alcançamos os sonhos. Todos erram. Mas só alguns ficam na história dos países. Esta Selecção (englobando os jogadores dos dois campeonatos anteriores) ficou!


Não esqueçam os nossos heróis…!


GAZETA NO EURO - PORTUGAL vs. ALEMANHA (1ª Parte)

ACABOU O SONHO


PORTUGAL 2 - 3 ALEMANHA
QUARTOS-DE-FINAL
ST. JACOB'S PARK, BASILEIA, SUÍÇA




REDACÇÃO GAZETA DO FUTEBOL


Terminou a campanha da Selecção Nacional no Euro 2008. A equipa das «quinas» saiu derrotada da partida dos quartos-de-final, frente à Alemanha, numa partida em que nada correu bem. Schweinsteiger voltou a fazer estragos na defesa lusa (cuja actuação deixou a desejar) e nem as reacções portuguesas conseguiram evitar a derrota e a saída do campeonato da Europa. Para os portugueses, marcaram Nuno Gomes e Hélder Postiga; para os alemães, Schweinsteiger, Klose e Ballack.

Ouça tudo em mais uma reportagem Gazeta do Futebol, a última emitida a partir da Avenida dos Aliados. Terminou também a nossa cobertura da campanha da Selecção no Euro 2008.



Fotos de toda a Reportagem: http://gazetadofutebol.hi5.com/


Início da partida.mp3 - Gazeta do Futebol



Momento (8).mp3 - Gazeta do Futebol




Golo da Alemanha (22) .mp3 - Gazeta do Futebol




Golo da Alemanha (26).mp3 - Gazeta do Futebol




Momento (30).mp3 - Gazeta do Futebol




Momento (35).mp3 - Gazeta do Futebol




Comentário arbitragem (36).mp3 - Gazeta do Futebol




Golo de Nuno Gomes (40).mp3 - Gazeta do Futebol



Comentário final 1ª Parte.mp3 - Gazeta do Futebol

GAZETA NO EURO 2008 - PORTUGAL vs. ALEMANHA (2ª Parte)

PORTUGAL 2-3 ALEMANHA
QUARTOS-DE-FINAL
ST. JACOB'S PARK, BASILEIA, SUÍÇA











REDACÇÃO GAZETA DO FUTEBOL






Fotos de toda a Reportagem: http://gazetadofutebol.hi5.com/



Início da 2ª Parte.mp3 - Gazeta do Futebol




Golo anulado a Deco (6).mp3 - Gazeta do Futebol




Momento (10).mp3 - Gazeta do Futebol




Golo da Alemanha (16).mp3 - Gazeta do Futebol




Momento (23).mp3 - Gazeta do Futebol



Comentário substituições (29).mp3 - Gazeta do Futebol




Comentário Scolari (36).mp3 - Gazeta do Futebol




Golo de Hélder Postiga.mp3 - Gazeta do Futebol



Comentário Final.mp3 - Gazeta do Futebol

GAZETA NO EURO 2008 - PORTUGAL vs. ALEMANHA (Reacções dos Adeptos)



PORTUGAL 2-3 ALEMANHA
QUARTOS-DE-FINAL
ST.JACOB'S PARK, BASILEIA, SUÍÇA







REDACÇÃO GAZETA DO FUTEBOL




No final do jogo o ambiente era o previsto: muita desilusão e tristeza e se uns gritavam contra tudo e todos, outros limitavam-se ao silêncio, às lágrimas ou até mesmo aos risos nervosos.
Portugal perdeu o bilhete que dava acesso às meias-finais. Se alguns há que culpam o seleccionador nacional ou o guarda-redes Ricardo, a grande maioria fala como uma verdadeira equipa: quando ganham e quando perdem a culpa é de todos... e da estrelinha da sorte (ou falta dela).


Fotos de toda a Reportagem: http://gazetadofutebol.hi5.com/


O que acharam do jogo.mp3 - Gazeta do Futebol




Quais os maiores culpados.mp3 - Gazeta do Futebol

domingo, 15 de junho de 2008

CRÓNICA GAZETA DO FUTEBOL *

SUÍÇA 2-0 PORTUGAL
EURO 2008
GRUPO A - 3ª JORNADA
ST. JACOB'S PARK, BASILEIA


O TRIUNFO DA HONRA





JOSÉ PEDRO PINTO




Os festejos dos jogadores, staff técnico e adeptos suíços acabou por ser o espelho do último jogo de Portugal no Grupo A deste Euro 2008. Não admira: Yakin marcou o primeiro golo helvético, aos 71’, para gáudio dos fãs e do seleccionador Jacob Kuhn, numa demonstração clara do orgulho subjacente a esta partida. Os suíços tinham dito que queriam a vitória para a dedicarem a Kuhn e aos adeptos. Não falharam à promessa. Para as hostes portuguesas, o lado «B» da cassete de Scolari revelou lacunas que o lado «A» não possui, mas, por força do destino já traçado para a equipa lusa - rumo aos quartos-de-final –, esse pormenor acabou por ser relegado para segundo plano.


MUITAS OPORTUNIDADES. O figurino eleito por Scolari trazia oito (!) alterações para a partida de encerramento neste Grupo A. O seleccionador optou por privilegiar a recuperação física dos «onze» habitualmente titulares, e, deste lote, colocou apenas em campo Ricardo, Pepe e Paulo Ferreira, juntamente com os restantes elementos que rodavam e tinham agora oportunidade de mostrar o seu valor, no esquema pré-definido – 4x3x3. Do outro lado, os helvéticos também mexeram (Barnetta no banco, surpreendentemente) mas mantinham-se fiéis ao esquema de 4x4x2. O jogo já nada decidia e isso mesmo acabou por acontecer, nos primeiros minutos: rigorosamente nada. O subconsciente de muitos dos jogadores já apontava para outras paragens e o ritmo inicial deixou muito a desejar, sobretudo nos primeiros 10’. Ainda assim, a equipa das «quinas» tomou a iniciativa e começou a dominar, por força da rapidez do tridente ofensivo (Quaresma x Nani x Postiga) que ameaçava e muito a baliza helvética, mas também beneficiando do facto de a Suíça apresentar um meio campo mais destrutivo que construtivo, sem grande rapidez e demasiadamente “preso”. Os comandados de Kuhn haveriam de nivelar o campo, a meio desta 1ª Parte, fruto de uma maior astúcia e força, tendo ainda algumas oportunidades de inaugurar o score, de pronto salvas por Ricardo.


QUEBRA. A 1ª Metade viu uma Selecção Nacional bem orquestrada e dominadora, com bastantes chances para finalizar, mas a etapa complementar ficou desiludida pela forma evidenciada pelos pupilos de Scolari. Os suíços entraram com mais crença na vitória, pressionaram mais e Portugal recuou as suas linhas, optando por sair para o ataque sob a forma de contra-resposta (ineficaz a toda a linha…). As oportunidades sucederam-se para os co-anfitriões, que faziam da força física a sua arma mais poderosa – sobretudo a meio-campo – para além dos remates de meia distância que ainda assustaram Ricardo por algumas ocasiões. Questionava-se a necessidade de tamanho recuo lusitano, com Meira a assumir uma posição mais perto dos centrais e com Veloso a compensar, em muitos minutos, a posição do companheiro de equipa. E a quebra chegaria ao minuto 71’: entendimento entre Derdiyok e Yakin e o «10» suíço a não perdoar na cara de Ricardo. O 1-0 foi o princípio da derrota de Scolari frente a Kuhn, o brasileiro ainda fez entrar Moutinho para colocar ordem no grande círculo… mas a equipa não arriscava e não subia no relvado. Tanto que Meira haveria de derrubar Barnetta dentro da área. Tanto que Yakin, no seguimento, haveria de sentenciar a partida com uma grande penalidade bem cobrada ao minuto 83’.


O «plano B» que Scolari tirou do banco não serviu para travar a encomenda helvética… mas os «quartos» são já quinta-feira e os oito dias de preparação dos habituais titulares podem decerto apagar a má imagem deixada esta noite, em Basileia. Ah!, é verdade! O jogo que se segue é também no St. Jacob’s Park.


ARBITRAGEM. Konrad Plautz teve uma noite desastrosa. Mal no capítulo disciplinar, errou ao não marcar grande penalidade por derrube de Lichtsteiner a Nani, ainda na 1ª Parte, e por não ter expulso Paulo Ferreira por entrada duríssima sobre Behrami, para além de faltas marcadas ao mínimo contacto. Paupérrimo.



*
- devido ao mau tempo que hoje se abateu sobre a cidade do Porto, ficámos impossibilitados de efectuar a reportagem prevista para este Suíça - Portugal. Pelo sucedido, as nossas desculpas.


sábado, 14 de junho de 2008

EDITORIAL


TEMOS PENA




Gostaríamos de ter podido publicar, sempre após os jogos da Selecção Nacional, um pequeno texto de um dos convocados de Scolari sobre a partida em causa. Não pudemos.



Foi numa das muitas aulas de Introdução à Economia do Curso de Ciências da Comunicação que o Professor Nuno Moutinho se referiu a este projecto como uma iniciativa que visava proporcionar um serviço às pessoas: informação. Não tem sido fácil manter online a Gazeta do Futebol. Os compromissos académicos, como autênticas prioridades que são para esta equipa, impedem-na, muitas vezes, de estar em cima do acontecimento e de exercer a sua função na sociedade portuguesa. Por isso, assumimos o facto e, por isso, o nosso lamento por não conseguirmos ser omnipresentes neste mundo cada vez mais dependente de um repórter disponível a full-time.

Contudo, não deixamos de tentar. E tanto assim é que tínhamos preparado para os nossos visitantes, dentro da cobertura que continuamos – e continuaremos – a efectuar sobre o Euro 2008, uma pequena surpresa. Gostaríamos de ter podido publicar, sempre após os jogos da Selecção Nacional, um pequeno texto de um dos convocados de Scolari sobre a partida em causa. Não pudemos.

A justificação que esse mesmo atleta nos deu, após consultar o Departamento de Comunicação da FPF, foi a de que era impossível por força de uma estratégia de imprensa já definida. O atleta, esse, estava na disposição de colaborar connosco. Somos apenas um projecto universitário, em que apenas treinamos o que nos foi leccionado em salas de aula, em que apenas tentamos adquirir mais experiência de trabalho.

Mais: quando vemos outros colegas de profissão de outros meios de comunicação social a reunirem, de improviso, com jogadores da Selecção Nacional no final de conferências de imprensa, pedindo declarações exclusivas, sentimo-nos discriminados e sentimo-nos tristes.

Pena é que a assessoria de imprensa apenas se dê ao trabalho de auxiliar os que mais poder têm (não está aqui em causa o bom nome dos Profissionais dos media que acompanham Portugal no Euro 2008) e não permita a um pequeno projecto de jornalismo um segundo para brilhar.

Fica a nota.


sexta-feira, 13 de junho de 2008

ESTA SEMANA, ESCREVO EU...




TRAGAM ESSE CANECO!



Podemos, então, acreditar que é perfeitamente possível chegar longe, muito longe. Deixo só um repto aos 23 jogadores de Portugal e à equipa técnica: chegando à final não a percam novamente. Não morram outra vez na praia, tão perto do Mar. Tragam esse merecido caneco para Portugal. Tragam-no de uma vez por todas e inundem este país de euforia. Por um, dois, três dias vamos comemorar a vitória e esquecer tudo o resto. Eu acredito, Portugal. Tragam essa alegria para o nosso país, porque para tristezas já temos o dia-a-dia.



PEDRO ROCHA



A selecção nacional iniciou, esta semana, uma caminhada que esperamos, portugueses, seja triunfal. A forma como entrámos foi perfeita. Se havia ilusão escondida, depois dos primeiros jogos esta frágil ilusão passou para uma forte possibilidade. Portugal entrou bem, a dominar, a criar ocasiões de golo e a convertê-las em alturas ideais. Ideais, sim, porque afinal matámos os dois jogos já nos descontos (ideal seria vencer sempre por 3-0 mas isso tiraria toda a emotividade). Passado este teste e carimbado o passaporte para os quartos-de-final ficamos a somente 270 longos minutos de vencer o troféu. Parece muito mas, afinal, já chegámos a meio da prova. Será que temos legítimas aspirações? Penso que já provámos que sim. Somos candidatos.

Agora temos que o provar nos jogos a sério. Em princípio, se não houver mais nenhuma surpresa, a nossa adversária será a poderosa Alemanha. Depois de um jogo razoável, frente à Polónia (muita fraca por sinal), os germânicos esbarraram numa Croácia determinada e acabaram por perder. Agora, jogam frente à Aústria que ainda acalenta esperanças de passagem. Para isso “basta” derrotar a Alemanha e atirar os «panzers» para canto. Nesse caso, encontraríamos o outro anfitrião do torneio (a Suíça, defrontamos no Domingo). Para mim, venha quem vier, Portugal tem mais é que vencer. Qualidade tem que chegue para isso. Acredito piamente que passe a Alemanha. Obviamente que a selecção germânica será, à partida, bem complicada. Pela tradição, pelo peso no futebol internacional e pelo colectivo sempre muito forte. Individualmente e para fazer a diferença vejo, neste momento, somente três jogadores capazes de o fazer: Podolski , Ballack e Klose. O resto são jogadores de bom nível, correcto, mas sem grande classe.

Podemos, então, acreditar que é perfeitamente possível chegar longe, muito longe. Deixo só um repto aos 23 jogadores de Portugal e à equipa técnica: chegando à final não a percam novamente. Não morram outra vez na praia, tão perto do Mar. Tragam esse merecido caneco para Portugal. Tragam-no de uma vez por todas e inundem este país de euforia. Por um, dois, três dias, vamos comemorar a vitória e esquecer tudo o resto. Eu acredito, Portugal. Tragam essa alegria para o nosso país, porque para tristezas já temos o dia-a-dia.


quinta-feira, 12 de junho de 2008

GAZETA NO EURO 2008 - REP. CHECA vs. PORTUGAL (1ª Parte)


QUARTOS-DE-FINAL: AÍ VAI A SELECÇÃO!



REP. CHECA 1 - 3 PORTUGAL
GRUPO A
2ª JORNADA
STADE DE GENÉVE, GENEBRA, SUÍÇA






REDACÇÃO GAZETA DO FUTEBOL



Portugal garantiu ontem a passagem aos quartos-de-final do Euro 2008, depois de uma vitória por 3-1 frente à Rep. Checa. Desta feita, os heróis que assinaram os golos de Portugal dão pelo nome de Deco, Ronaldo e Quaresma, numa partida sofrida, em que a equipa das «quinas» venceu com toda a justiça, mas em que não faltaram momentos de sobressalto e sofrimento.

Ouça todas as incidências desta partida com os sons da Gazeta do Futebol, directamente do centro nevrálgico da cidade do Porto: a Avenida dos Aliados. A Equipa Gazeta do Futebol esteve, mais uma vez, a acompanhar um jogo da Selecção juntamente com os portugueses.




Fotos de toda a Reportagem: http://gazetadofutebol.hi5.com/



Hino de Portugal.mp3 - Gazeta do Futebol




Inicio da partida.mp3 - Gazeta do Futebol




Comentário André Matos Leite (5).mp3 - Gazeta do Futebol




Golo de Deco (8).mp3 - Gazeta do Futebol




Comentário André Matos Leite (11).mp3 - Gazeta do Futebol



Golo da Rep. Checa (17).mp3 - Gazeta do Futebol




Momento (24).mp3 - Gazeta do Futebol




Momento (41).mp3 - Gazeta do Futebol




Final da 1ª Parte.mp3 - Gazeta do Futebol

GAZETA NO EURO 2008 - REP. CHECA vs. PORTUGAL (2ª Parte)

REP. CHECA 1 - 3 PORTUGAL
GRUPO A
2ª JORNADA
STADE DE GENÉVE, GENEBRA, SUÍÇA








REDACÇÃO GAZETA DO FUTEBOL


Fotos de toda a Reportagem: http://gazetadofutebol.hi5.com/




Inicio da 2ª Parte.mp3 - Gazeta do Futebol




Momento (3).mp3 - Gazeta do Futebol




Momento (7).mp3 - Gazeta do Futebol




Momento (9).mp3 - Gazeta do Futebol




Golo de Ronaldo (19).mp3 - Gazeta do Futebol




Comentário sobre substituições.mp3 - Gazeta do Futebol




Momento (38).mp3 - Gazeta do Futebol




Comentário puxão orelhas Scolari a Quaresma.mp3 - Gazeta do Futebol




Golo de Quaresma (46).mp3 - Gazeta do Futebol



Final da partida.mp3 - Gazeta do Futebol


GAZETA NO EURO 2008 - REP. CHECA vs. PORTUGAL (Reacções dos Adeptos)

REP. CHECA 1 - 3 PORTUGAL
GRUPO A
2ª JORNADA
STADE DE GENÉVE, GENEBRA, SUÍÇA







REDACÇÃO GAZETA DO FUTEBOL


Após a vitória de Portugal por 3-1 diante da República Checa, num jogo sofrido e impróprio para os mais enervados, os adeptos estavam ao rubro com a forte possibilidade de garantir o primeiro lugar do grupo. O entusiasmo apoderou-se de todos os que estavam presentes na Avenida dos Aliados e, pelas vozes dos corações, Portugal sagrar-se-á campeão da Europa sem muito esforço. No que toca ao melhor jogador em campo nesta partida, as opiniões dividem-se entre Pepe, Quaresma ou Ronaldo, mas numa coisa são unânimes: a equipa é o mais importante… e essa, esteve toda bem!

Fotos de toda a Reportagem: http://gazetadofutebol.hi5.com/




O que acharam do jogo.mp3 - Gazeta do Futebol




Melhor jogador em campo.mp3 - Gazeta do Futebol




Até onde pode chegar Portugal.mp3 - Gazeta do Futebol





domingo, 8 de junho de 2008

GAZETA NO EURO 2008 * - 1ª PARTE


VITÓRIA LUSITANA LOGO A ABRIR



PORTUGAL 2-0 TURQUIA
1ª JORNADA
GRUPO A
ESTÁDIO DE GENEBRA, GENEBRA, SUÍÇA







REDACÇÃO GAZETA DO FUTEBOL



Portugal venceu, ontem, a sua congénere turca por 2-0. A nossa Selecção entrou muito bem na partida e dominou todo o encontro. A sorte parecia não estar do lado dos portugueses, com duas bolas ao ferro e um golo anulado por fora-de-jogo a Pepe. Pepe, que não conseguiu marcar à primeira, marcou à segunda. Aos 61 minutos, o luso-brasileiro rompe pela defesa turca e marca o primeiro golo português. No resto do jogo, a equipa das quinas ainda enviou nova bola ao poste por Nuno Gomes e fechou o marcador em cima do minuto 90’ por Raúl Meireles.




Numa grande partida de Portugal, ouça aqui os principais momentos do jogo vividos in loco na Avenida dos Aliados por todos os redactores da Gazeta do Futebol.





Fotos de toda a Reportagem: http://gazetadofutebol.hi5.com





1ª PARTE






Inicio da 1ª Parte.mp3 - Gazeta do Futebol







Momento (10).mp3 - Gazeta do Futebol







Golo anulado a Pepe.mp3 - Gazeta do Futebol







Comentário Pedro Rocha - Golo anulado a Pepe.mp3 - Gazeta do Futebol







Momento (18).mp3 - Gazeta do Futebol







Momento (25).mp3 - Gazeta do Futebol







Momento (27).mp3 - Gazeta do Futebol







Momento (36).mp3 - Gazeta do Futebol







Momento (39)mp3 - Gazeta do Futebol



Final da 1ª Parte.mp3 - Gazeta do Futebol














* - pelo facto de o ecrã gigante do Cais de Gaia não ter transmitido a partida entre Portugal e Turquia, a equipa Gazeta do Futebol foi obrigada a efectuar o relato e reportagem da partida na Avenida dos Aliados. Pelo sucedido, completamente alheio à Gazeta do Futebol, as nossas desculpas.

GAZETA NO EURO 2008 - 2ª PARTE

Fotos de toda a Reportagem: http://gazetadofutebol.hi5.com/



2ª PARTE








GAZETA NO EURO 2008 - REACÇÕES DOS ADEPTOS



Fotos de toda a Reportagem: http://gazetadofutebol.hi5.com/




REACÇÕES DOS ADEPTOS


sábado, 7 de junho de 2008

EDITORIAL

TEMOS A CERTEZA



Nós não acreditamos. Vamos mais longe: temos a certeza. A certeza de que este Europeu vai trazer de novo o sucesso ao nome deste país à beira-mar plantado. A certeza de que a comitiva portuguesa na Áustria e Suíça irá honrar a sua missão.




É um país dividido, este em que vivemos. Uma parte da nação portuguesa recoloca as bandeiras nas janelas, expõe os cahecóis verdes, vermelhos e amarelos na parte de trás dos automóveis, colorindo as ruas soturnas e provocando um contraste positivo perante o olhar dos que vão passando a pé. Outra parte não acredita e vaticina um descalabro da Selecção no Euro 2008 . Estão ambas no seu direito. O conceito de democracia ainda vigora na Constituição Portuguesa e o livre pensamento ainda é admitido.


Nós não acreditamos. Vamos mais longe: temos a certeza. A certeza de que este Europeu vai trazer de novo o sucesso ao nome deste país à beira-mar plantado. A certeza de que a comitiva portuguesa na Áustria e Suíça irá honrar a sua missão.


Bernardino Barros disse, esta semana, e em entrevista à Gazeta do Futebol, que o sucesso não se pode medir pelo facto de a Selecção chegar ou não à final. Concordamos. Alguém acredita que se Portugal tivesse perdido, nos quartos-de-final do Euro 2004, frente à Inglaterra, os portugueses teriam ficado descontentes? Taxativamente: não. Porque os 23 eleitos de Scolari já tinham alcançado um feito enorme.


Scolari disse, na última conferência de imprensa que deu, ontem, antes do jogo com a Turquia, que sabia bem o quão tristes iriam ficar os portugueses caso Portugal não passasse da etapa mínima da fase de grupos. Sabemos que isso não vai acontecer. «Felipão» já provou que sabe motivar um grupo de trabalho em torno de um objectivo comum e transcendente.


A mensagem que a Gazeta do Futebol gostaria de transmitir à Selecção passa pelo seguinte: divirtam-se. Assim deveria ser sempre o futebol, com festa, com sorrisos de orelha a orelha em conferências de imprensa (sem descurar a responsabilidade) e com uma grande massa humana reunida à volta de um sonho.


Temos a certeza. O sucesso aparecerá com naturalidade. Tal e qual como uma bola a rolar na relva.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

ESTA SEMANA, ESCREVO EU...


O CIRCO DO EUROPEU



Não estou contra todas as informações sobre o Euro 2008 e a selecção portuguesa. Sempre que há uma lesão preocupante, a hipótese de mostrar um treino ou qualquer outro acontecimento importante, por favor, imprensa lusitana, mostrem-nos. Quero saber se o Deco pode ou não jogar, quero ver o decorrer dos treinos, isso sim. Não quero ver o que os jogadores estão a comer, nem tem pouco saber qual foi o jantar que ontem tiveram.



ANDRÉ MATOS LEITE



Começa amanhã o Euro 2008. Suíça e República Checa inauguram a competição, Portugal e Turquia defrontam-se quase três horas depois. É sempre um evento muito especial para os adeptos do desporto-rei, especialmente os europeus.

Pessoalmente adoro o evento. Sinto as emoções em todos os jogos de futebol (e de outros desportos, já agora) que vejo, mas nunca vibro tanto como com a Selecção. É uma sensação como nenhuma outra ver 23 jogadores a representar o seu país contra outros 23 a fazer o mesmo. É o duelo entre nações. É o duelo entre rivais ou amigos de longa data. Por vezes, é a vingança de edições passadas. É, para mim, um dos mais bonitos e emocionantes espectáculos do mundo do futebol.

Quanto ao evento em si não tenho nada contra. Aliás, só tenho a favor. No entanto, tenho muito contra a cobertura mediática que a imprensa portuguesa tem feito de tão importante competição. Esta semana, quando fazia “zapping” pelos canais da televisão, deparei-me (creio que na SIC) com um directo em que me parecia que se mostrava a equipa das “quinas” a dar graças antes de jantar. De todas as coisas que podiam falar e mostrar sobre a Selecção porque nos mostram o jantar dos jogadores? Não terão eles direito a comer tranquilos? Mais, o que contribui para a nossa felicidade saber ou ver o que eles comem? São inúmeros os ex-internacionais portugueses, quer de tempos recentes, quer de tempos antigos, que poderiam ter convidado para darem o seu parecer sobre o que se espera de Portugal. Desde Eusébio e Coluna até Figo e Rui Costa. Qualquer um deles poderia ter sido convidado para uma entrevista em que falassem sobre a selecção das “quinas” e as suas adversárias. Não foi isso que aconteceu. Preferiram mostrar-nos o jantar dos jogadores.

Não estou contra todas as informações sobre o Euro 2008 e a selecção portuguesa. Sempre que há uma lesão preocupante, a hipótese de mostrar um treino ou qualquer outro acontecimento importante, por favor, imprensa lusitana, mostrem-nos. Quero saber se o Deco pode ou não jogar, quero ver o decorrer dos treinos, isso sim. Não quero ver o que os jogadores estão a comer, nem tem pouco saber qual foi o jantar que ontem tiveram. Não quero saber se o Ronaldo fez uns telefonemas e esteve a dar uma festa. Para quê estas informações? Para que quero eu saber do jantar, do gato, do cão, do primo afastado do Nuno Gomes que ele só vê nos funerais? Não queremos, não precisamos. Para quem quer e precisa de ver isso, por favor, criem um canal só para eles, criem um canal só para quem quer saber dessas informações inúteis porque assim, ao menos, nós adeptos do futebol, que gostamos de informações que são do futebol, podemos continuar a ver as notícias importantes que mostram a arte do desporto-rei em toda a sua glória e não as notícias inúteis que mostram e violam a vida íntima e privada de, neste caso, 23 jogadores que estão a caminho da Suíça para representar o nosso país e que, portanto, deveríamos respeitar.